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11 trabalhadores são resgatadas de condições análogas à escravidão em Sapucaia do Sul

Os trabalhadores também compartilhavam o mesmo espaço com animais.

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24/06/25

às

23:57

Atualizado em: 25/06/2025 às 00:08

trabalhadores

Cozinha utilizada pelos trabalhadores. Foto: Divulgação/PF

Onze trabalhadores foram resgatados de situação análoga à escravidão, em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Eles foram acolhidos, nesta terça-feira (24), por uma força-tarefa formada por servidores da Polícia Federal, MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) e MPT-RS (Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul). O caso teve origem em denúncia apresentada por uma força-tarefa de fiscalização dos órgãos municipais ao Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Segundo o MPT-RS, os trabalhadores, incluindo um idoso, realizavam a triagem de lixo para uma empresa localizada no Bairro Sete. “E foram encontrados em condições de trabalho consideradas degradantes devido ao estado precário e inabitável de seus alojamentos”, ressaltou.

De acordo o MPT-RS, o trabalhadores estavam alojados em um galpão com piso de terra, sem janelas, feito com madeira reaproveitada e material de contêineres.

“Não havia instalações sanitárias e o telhado tinha vários espaços abertos. A água da chuva se infiltrava no local e havia empoçamento de esgoto no interior do alojamento”, ressaltou o MPT-RS.

Os trabalhadores também compartilhavam o mesmo espaço com animais. “As péssimas condições do ambiente de trabalho e o estado precário do alojamento levaram à autuação do caso como situação análoga à escravidão e ao resgate dos trabalhadores do local”, disse o MPT-RS.

O proprietário da empresa, preso em flagrante pela Polícia Federal, admitiu que a situação dos trabalhadores no local já durava cerca de uma década.

“O proprietário foi notificado a pagar as verbas rescisórias dos trabalhadores, que serão encaminhados para recebimento de três parcelas do benefício do seguro-desemprego. Os resgatados foram encaminhados à rede de assistência social do município”, finalizou o MPT-RS.

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