Neste Dia das Mães, dados dos Cartórios de Registro Civil do Rio Grande do Sul evidenciam um aspecto marcante da maternidade no estado: o número de crianças registradas apenas com o nome da mãe.
Desde 2020, mais de 35 mil recém-nascidos foram registrados sem o nome do pai na certidão de nascimento. Só em 2024, esse número se aproximou dos 7 mil.
Números dos Cartórios de Registro Civil do Rio Grande do Sul mostram que no ano passado 6.642 recém-nascidos foram registrados no estado apenas com o nome da mãe em sua certidão de nascimento. Desde 2020, esse número chega a mais de 35 mil.
Apesar do número expressivo de recém-nascidos sem a paternidade registrada em 2024, o Rio Grande do Sul apresentou uma leve redução de 1,5% em relação a 2023, quando foram registrados 6.745 casos.
“Os cartórios de registro civil do Rio Grande do Sul cumprem seu papel ao orientar sobre a importância do registro paterno e oferecer um processo descomplicado, sem exigir judicialização. No entanto, percebemos desafios a serem enfrentados para reverter esse cenário, que reflete questões sociais mais profundas. Mas sempre destacamos o quão importante é que toda criança tenha seu direito assegurado, podendo ser feito de forma simples e eficiente diretamente no cartório”, explica Sidnei Hofer Birmann, presidente da Arpen/RS (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio Grande do Sul).
Os dados estão disponíveis na página “Pais Ausentes”, no Portal da Transparência do Registro Civil, plataforma nacional administrada pela Arpen-Brasil, que reúne informações sobre nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil em todo o país.
O Rio Grande do Sul registrou 7.054 crianças sem o nome do pai em 2020, 6.554 em 2021, 6.336 em 2022, 6.745 em 2023 e 6.642 no ano passado. Até maio deste ano, já são mais de 2,4 mil recém-nascidos registrados apenas com o nome da mãe em todo o estado.
