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Cidade de Esteio decreta situação de emergência em saúde pública

A Prefeitura de Esteio também disse que enfrenta o desafio do custeio mensal do Hospital São Camilo.

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05/06/25

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23:52

hopsital esteio

Hospital São Camilo em Esteio. Foto: Adriano Rosa da Rocha/Prefeitura de Esteio

A Prefeitura de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, decretou, nesta quinta-feira (5), situação de emergência em saúde pública.

“O decreto foi motivado pela superlotação crítica das unidades hospitalares, aliada à alta demanda por atendimentos relacionados à síndrome respiratória, à escassez de leitos clínicos e de UTI e às dificuldades para transferência de pacientes a outros serviços de referência. A situação compromete diretamente a continuidade e a segurança da assistência prestada à população”, disse a prefeitura.

De acordo com dados atualizados do Hospital São Camilo, a taxa de ocupação dos setores assistenciais revela um cenário de colapso.

“A Emergência Adulta está operando com o dobro da capacidade instalada, a Emergência Pediátrica opera com ocupação total e todas as unidades de internação atingiram 100% de ocupação. Quase todos os setores estão no limite ou acima dele. Precisamos agir com rapidez para preservar vidas e garantir a assistência aos esteienses”, destacou o prefeito de Esteio, Felipe Costella.

O decreto tem como objetivo permitir a adoção de medidas excepcionais, como a reorganização dos fluxos assistenciais, a mobilização de recursos com maior flexibilidade e a ampliação temporária da capacidade de resposta da rede de saúde municipal.

Além da superlotação, a prefeitura disse que enfrenta o desafio do custeio mensal do Hospital São Camilo, que gira em torno de R$ 10 milhões.

“Valor que não é acompanhado pelos repasses da tabela SUS – historicamente defasada, pelo teto Média e Alta Complexidade (MAC) quanto pelo programa estadual Assistir, que recentemente deixou de encaminhar recursos à instituição. Com isso, a prefeitura tem arcado com 34% de seu orçamento investido em saúde, percentual significativamente acima do mínimo constitucional exigido”, disse.

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