Apesar da dificuldade de abater em frigoríficos da região, o mercado de búfalos na Região Sul do Rio Grande do Sul deu uma aquecida nas últimas semanas.
Vendas recentes registraram o interesse de criadores de cidades próximas à Pelotas. Ao menos 27 animais foram comercializados por uma leiloeira em Capão do Leão. Conforme a leiloeira responsável, o remate de animais da propriedade da família Sell, atraiu criadores de Pinheiro Machado e Rio Grande.
Na segunda geração de criadores de búfalos, Henry Sell conta que tudo começou com seu pai, Huberto Sell, em 1982. “Ele trouxe 12 búfalas do Mato Grosso do Sul e anexou a outras 12 e a um touro da Embrapa”, conta. Desde então, os búfalos se tornaram a principal atividade da estância, localizada em Pelotas.
No remate, Sell destaca que as búfalas entre 630 e 670 quilos alcançaram o preço de R$ 6 por quilo. Já os terneiros, entre 200 e 240 quilos foram vendidos por R$ 10 o quilo. Os preços seguem uma média percebida em todo o Rio Grande do Sul.
“A comercialização do búfalo em nossa região é difícil, pois muitos desconhecem a lida e a dificuldade em abater nos frigoríficos da região”, lamenta o criador.
A presidente da Ascribu (Associação Gaúcha de Criadores de Búfalos), Desireé Möller, celebra os resultados que as ações de divulgação da bubalinocultura estão atingindo no Rio Grande do Sul.
“Ver que em outras regiões, não só a Metropolitana, estão realizando assados e divulgando as propriedades e potencialidades da carne de búfalo, nos deixa muito orgulhosos”, ressalta Desireé.