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Presença do mosquito-pólvora causa preocupação no Litoral Norte do RS

O mosquito-pólvora é vetor do vírus Oropouche, causador da febre de mesmo nome.

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03/07/25

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13:27

mosquito

Técnicos da Seapi se reúnem com produtores e autoridades do Litoral Norte para tratar do mosquito-pólvora. Foto: Divulgação/Seapi

A crescente presença do mosquito maruim — conhecido como mosquito-pólvora — tem mobilizado produtores, autoridades e técnicos no Litoral Norte do Rio Grande do Sul.

Na quarta-feira (2), representantes da Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) participaram de uma reunião com lideranças de nove municípios da região, realizada na Câmara de Vereadores de Dom Pedro de Alcântara.

“O objetivo foi discutir os impactos causados pelo inseto, que tem afetado a agricultura, o turismo e a qualidade de vida da população rural”, ressaltou a Seapi.

De acordo com o diretor do Departamento de Defesa Sanitária Vegetal, Ricardo Felicetti, o mosquito-pólvora tem provocado intenso desconforto, especialmente em áreas rurais, devido às picadas e às irritações na pele que causa.

“O mosquito tem comprometido atividades laborais, principalmente na agricultura, e prejudicado o turismo ecológico, já que visitantes estão evitando áreas naturais por conta da infestação”, destaca Felicetti.

Segundo Felicetti, os municípios mais afetados — entre Mampituba e Maquiné — apresentam condições ambientais favoráveis à proliferação do mosquito, como presença de matéria orgânica em decomposição, ambientes alcalinos e umidade.

“Essas condições podem ser melhoradas em áreas de cultivo de banana, por exemplo, onde o descarte de pseudocaules e o uso de fertilizantes orgânicos contribuem para o aumento da população do inseto”, explicou.

O inseto é vetor do vírus Oropouche, causador da febre de mesmo nome. “Embora ainda não haja registros de transmissão local no Rio Grande do Sul, os serviços públicos estaduais atuam para prevenir e evitar que casos da doença venham a ocorrer no Estado”, afirmou a Seapi.

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