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Bagé lança projeto pioneiro de acessibilidade cultural

O projeto teve sua estreia no Palacete Pedro Osório, em Bagé.

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06/07/25

às

16:40

Atualizado em: 06/07/2025 às 16:42

bage cultura

Foto: Anderson Coka/Prefeitura de Bagé

A Secretaria Municipal de Cultura de Bagé, na região da Campanha, lançou o projeto piloto “Pra Cego Ver na Cultura”, que oferece conteúdos históricos e arquitetônicos em audiodescrição para pessoas com deficiência visual.

A ação teve sua estreia no Palacete Pedro Osório e também pode ser acessada por qualquer visitante, por meio de QR Codes instalados no local, via celular.

O projeto, liderado pela equipe de funcionários da Galeria Edmundo Rodrigues, situada no Palacete Pedro Osório, reúne conhecimentos históricos através de um memorial descritivo, que apresenta aspectos técnicos da arquitetura e os principais fatos históricos ocorridos no prédio.

O Palacete foi construído em 1901, em estilo eclético, com projeto importado da Europa. Seu primeiro proprietário, o médico Pedro Osório, hoje dá nome ao prédio.

“A pesquisa histórica foi realizada em colaboração com servidores da Secult e da Secretaria de Educação e Formação Profissional (Smed), e contou com o apoio da Associação dos Amigos do Imba (AMIMBA), através do projeto de acessibilidade da entidade”, disse a Prefeitura de Bagé.

A organização textual e a produção foram assinadas pela servidora e arte-educadora Zenab El Hatal, com pesquisa histórica do historiador e servidor da Secult, Diones Franchi, responsável pelos personagens e fatos.

As arquitetas da Secretaria Municipal de Educação, Marília Barbosa e Neneca Saavedra foram responsáveis pela descrição técnica e pesquisa arquitetônica. A locução do conteúdo foi realizada pelo ator e radialista Cláudio Garcia.

O prefeito Luiz Fernando Mainardi destacou o projeto como um marco na construção de uma política cultural mais acessível e inclusiva em Bagé, além de ser um gesto de respeito e valorização do patrimônio. “Acreditamos que cultura é um direito de todos. Tornar nossos espaços acessíveis é um passo fundamental para construir uma cidade mais justa, que valoriza sua história”, ressaltou.

Segundo a prefeitura, o projeto piloto deve ser expandido para os outros equipamentos culturais da cidade, ainda no segundo semestre. “A audiodescrição busca salientar aspectos visuais, destacando cores, volumes e texturas, além de trazer informações históricas”, disse.

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