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Terapia reconhecida pelo SUS conquista espaço na saúde integrativa

O simples fato de a hipnose ter sido incluída no SUS já representa um divisor de águas.

Avatar de Vitor de Arruda Pereira

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31/08/25

às

16:37

Atualizado em: 31/08/2025 às 16:42

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em relação a terapia, por muito tempo, a hipnoterapia não era levada em consideração por muitas pessoas.

Hoje, a prática conquista reconhecimento científico e institucional. Tanto que desde 2018, a técnica é oficialmente reconhecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde), dentro da PNPIC (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares). Este avanço na oferta de tratamentos não medicamentosos reforça a credibilidade da hipnose como recurso terapêutico.

No comparativo, dados do Ministério da Saúde mostram que em 2017 — antes da inclusão da hipnose — as práticas integrativas já somavam 1,4 milhão de atendimentos individuais, chegando a 5 milhões quando considerados os coletivos. Com a incorporação da hipnoterapia, a técnica se expandiu e hoje é oferecida em 27 estados brasileiros, especialmente em tratamentos de ansiedade, dor crônica, fobias e dependência química.

Para o hipnoterapeuta Renê Skaraboto, especialista em hipnose clínica para alta performance, esse reconhecimento público é uma resposta clara à eficácia da prática.

“Desde que a hipnoterapia começou a integrar o sistema público de saúde, a percepção mudou. Ela é uma ferramenta confiável para auxiliar em diversas condições físicas e mentais”, afirma.

Tabus quebrados com a hipnoterapia

Skaraboto analisa que este respaldo institucional ajudou a quebrar preconceitos e ainda serviu para esclarecer pacientes céticos, ainda mais no SUS, que aplica hipnose através de profissionais capacitados e dentro de parâmetros éticos.

“É fundamental que o terapeuta tenha formação sólida para garantir segurança e credibilidade para que o paciente se sinta seguro e alcance resultados reais”, explica.

Na prática, em que a hipnoterapia ajuda?

Na prática, a hipnoterapia estimula o autoconhecimento e auxilia no manejo de questões emocionais, comportamentais e de performance, tanto nos estudos, no trabalho ou em práticas esportivas. Para Skaraboto, o simples fato de a hipnose ter sido incluída no SUS já representa um divisor de águas.

“A disponibilidade do serviço varia de acordo com cada município, mas o reconhecimento pelo SUS é um marco que reforça a importância da hipnose como ferramenta de saúde pública. Isso abre espaço para que mais pessoas a vejam com seriedade e busquem o tratamento com consciência e confiança”, conclui.

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