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Vigilância em Saúde monitora surtos de síndrome mão-pé-boca em escolas infantis de Porto Alegre

A prefeitura confirmou 19 surtos em Porto Alegre.

Avatar de Vitor de Arruda Pereira

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12/09/25

às

22:35

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Foto: Jikaboom/Getty Images

A Prefeitura de Porto Alegre comunicou que a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde acompanha os surtos da síndrome mão-pé-boca em instituições de educação infantil da Capital.

“Na quinta-feira, 11, foi emitido um alerta epidemiológico (Alerta Mão-Pé-Boca 5/09/2025) à rede de serviços notificadores da cidade”, disse a prefeitura.

O documento aponta aumento de casos entre a segunda quinzena de julho e a primeira semana de setembro.”19 surtos foram registrados, envolvendo 161 pessoas entre bebês, crianças e adultos. Quinze deles seguem em acompanhamento”, afirmou a prefeitura, que não divulgou os locais.

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção contagiosa causada por vírus do sistema digestivo, mais comum em crianças de até cinco anos, mas que também pode afetar adultos.

A dentista Letícia Campos Araújo, da equipe que acompanha os surtos na vigilância epidemiológica, destaca que os sintomas mais evidentes são as lesões em mãos, pés e boca e os primeiros sinais costumam ser a dor de garganta e febre. “Em dois ou três dias surgem pequenas feridas avermelhadas nas mãos, pés e boca. Também pode ocorrer mal-estar e perda do apetite”, destacou.

A transmissão ocorre pelo contato direto entre pessoas, bem como por saliva, fezes, secreções, alimentos, objetos contaminados e pelas próprias lesões de pele. O contágio é mais intenso na primeira semana, mas o vírus pode ser eliminado pelas fezes por até quatro semanas, motivo pelo qual os casos são monitorados por 30 dias.

Recomendações para prevenção:

  • Lavar as mãos com frequência, especialmente após usar o banheiro e antes de manipular alimentos;
  • Descartar fraldas e lenços em lixeiras fechadas;
  • Não compartilhar mamadeiras, copos ou talheres;
  • Nas creches, reforçar a higiene das mãos durante a troca de fraldas para evitar a transmissão entre crianças;
  • Manter afastados da escola ou do trabalho os pacientes até o desaparecimento dos sintomas;
  • Lavar com água e sabão e desinfetar com solução de água sanitária diluída (1 colher de sopa para 4 copos de água) superfícies e objetos que possam ter contato com secreções ou fezes;
  • Evitar contato muito próximo com doentes, como abraços e beijos;
  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
  • Trocar e lavar diariamente roupas pessoais e de cama de pacientes.

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