Transtorno bipolar em crianças: como identificar e lidar com os sinais

Psicóloga comenta sobre as alterações no dia a dia das crianças.

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16/10/25

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17:08

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Foto: Banco de imagens Canva

O transtorno bipolar, muitas vezes associado a adultos, também pode afetar crianças e adolescentes.

Diagnosticar precocemente é fundamental para oferecer suporte adequado e minimizar impactos na vida escolar, social e familiar. Segundo a psicóloga Roberta Passos, acompanhar o desenvolvimento emocional e identificar mudanças de comportamento pode fazer toda a diferença.

“O transtorno bipolar infantil se manifesta por oscilações intensas de humor, que vão de períodos de euforia e hiperatividade a fases de irritabilidade, tristeza ou apatia. Explosões de raiva frequentes, alterações no sono e no apetite, comportamento impulsivo e dificuldade de concentração são alguns dos sinais. E é importante lembrar que essas alterações precisam ser consistentes e duradouras para caracterizar um padrão clínico”, explicou Roberta.

O impacto dessas alterações no dia a dia das crianças é significativo: podem afetar o rendimento escolar, as relações com colegas e familiares, além de aumentar a vulnerabilidade a transtornos de ansiedade e depressão.

O diagnóstico precoce, aliado a acompanhamento psicológico, é essencial para o manejo do transtorno e para que a criança possa desenvolver estratégias de autocontrole e habilidades socioemocionais.

“O acompanhamento profissional adequado não substitui a atenção da família e da escola, mas fornece ferramentas para compreender o comportamento da criança e criar um ambiente de suporte consistente”, reforçou Roberta.

Além disso, a psicóloga alerta para a importância de um olhar atento às crises, que podem se intensificar em períodos de mudança de rotina ou estresse. Intervenções terapêuticas e a comunicação clara com professores e cuidadores são estratégias fundamentais para prevenir complicações.

“Embora o transtorno bipolar em crianças seja desafiador, com acompanhamento adequado e estratégias de suporte, é possível garantir qualidade de vida, aprendizado e socialização saudáveis”, concluiu Roberta.

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