Após reforma do Governo Leite, IPE Saúde aumentou contribuição e perdeu mais de 100 mil usuários, aponta relatório.
As mudanças no IPE Saúde resultaram na saída de 117.781 usuários em dois anos, conforme Relatório de Gestão de 2022 e 2024. O total de usuários apresentou queda de 12,1%, passando de 975.715, em dezembro de 2022, para 857.934 em dezembro de 2024.
O assunto foi tema de audiência pública da Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Proposta pelo deputado estadual Halley Lino, a reunião discutiu alternativas para melhorar o atendimento à saúde dos servidores públicos estaduais.
“A reforma imposta pelo governo Eduardo Leite deteriorou a natureza pública do IPE Saúde, transferiu custos excessivos aos servidores e reduziu a capacidade de atendimento. Para reconstruir a sustentabilidade do plano, precisamos de uma recomposição imediata da rede credenciada, a revisão técnica das alíquotas que penalizam quem ganha menos, a retomada do princípio de solidariedade e o aumento da participação financeira do Estado. Garantir saúde digna aos servidores não é uma escolha administrativa, é uma responsabilidade constitucional”, afirmou disse o deputado.
Segundo o relatório, a Rede de Assistência à Saúde Credenciada diminuiu de 8.575 para 7.480 prestadores de serviços, uma perda de 1.095 credenciados. O número de médicos caiu de 6.385 para 5.305, o que representa menos 1.080 profissionais (-16,9%) atendendo os usuários.
O deputado estadual Miguel Rossetto afirma que a nova estrutura do plano se tornou inviável para muitas famílias. Por conta desse cenário, milhares de usuários deixaram o IPE Saúde.
“A reforma do IPE Saúde do governo Leite desmontou a solidariedade do plano, aumentou os custos para quem ganha menos e reduziu a cobertura. É urgente que o governo garanta médicos e profissionais para manter e ampliar os serviços nos municípios. As pessoas estão pagando, mas não conseguem atendimento. Precisamos reconstruir o IPE com financiamento adequado e políticas que assegurem acesso, qualidade e sustentabilidade”, destacou.





