De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) o ano que vem, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta.
A violência contra a pessoa idosa é uma preocupação constante e, falar sobre o tema é uma necessidade, pois gera conscientização e maior observância à luta pelos direitos das pessoas na terceira idade.
No Rio Grande do Sul, onde, de acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) vivem aproximadamente 2.193.416 pessoas com 60 anos ou mais, representando cerca de 20,15% da população total do estado, em 2025, foram registrados 62.467 casos de violações (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Exemplo: Maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas), contra esse público.
Esses números são do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania e, como consta no Painel de Dados do órgão, do total no Rio Grande do Sul, apenas 6.423 protocolos de denúncias foram registrados. Somente neste mês de novembro, foram registrados 3,943 casos.
Em 2024, foram 61.611 casos registrados. Ainda sem contar o mês de dezembro, 2025 já teve, portanto, um crescimento de 1,38% no comparativo com o ano passado.
Para a coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, Maria Luiza Bernardi, essa é uma realidade em que a vítima tem receio de denunciar em função de o agressor ser, na grande maioria das vezes, um ente próximo.
“É necessário conscientizar a população acerca dos cuidados que devemos ter com os idosos e assim, ampliarmos a qualidade de vida da terceira idade. Essas vítimas, em linhas gerais. convivem com familiares por necessidade de receber rede de apoio, o qual nem sempre é prestado de forma adequada. Por isso a atenção deve ser constante”, indicou.
Maria Luiza alerta ainda que, quando não é um familiar, o idoso acaba sendo negligenciado por um cuidador e que a atenção permanente contribui para a redução dessas violências.
“Quando se notar qualquer anormalidade no tratamento com o idoso, investigue e denuncie se houver algo de errado. Os idosos não têm, em geral, força ou métodos para se defender sozinhos. Há uma legislação responsável pelo direito do idoso e qualquer pessoa pode fazer a denúncia”, destacou.





