Calor e umidade impulsionam casos de micoses no verão

Para a dermatologista, a prevenção ainda é o melhor caminho durante o verão.

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29/12/25

às

22:25

micose

Foto: Divulgação

Com o calor intenso e a alta umidade do verão, os fungos encontram o ambiente ideal para a proliferação na pele.

A dermatologista Silvana Coghi avalia que o aumento dos casos de micoses está diretamente ligado aos hábitos do verão. “O calor favorece a transpiração excessiva e, quando a pele permanece úmida por muito tempo, cria-se um cenário perfeito para o desenvolvimento de fungos. Piscinas, duchas coletivas e o compartilhamento de toalhas ou chinelos aumentam ainda mais o risco de contaminação”, ressaltou.

As micoses são infecções comuns que podem atingir diferentes regiões do corpo, como pés, unhas, virilha e dobras da pele. Apesar de não serem consideradas graves na maioria dos casos, exigem atenção, já que o tratamento inadequado pode prolongar o quadro e facilitar a transmissão para outras pessoas.

Tratamento e cuidados indicados

O tratamento das micoses depende do tipo, da região afetada e da gravidade da infecção. De forma geral, a médica destaca que os cuidados podem envolver:

  • Uso de medicamentos antifúngicos tópicos, como cremes, loções ou sprays, prescritos por um dermatologista;
  • Em casos mais extensos ou persistentes, indicação de antifúngicos orais, sempre com acompanhamento médico;
  • Manutenção da pele limpa e bem seca, principalmente após banho de piscina ou mar;
  • Troca frequente de roupas úmidas e preferência por tecidos leves e respiráveis;
  • Evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, calçados e alicates de unha.

“Receitas caseiras ou soluções naturais não substituem o tratamento médico. Elas podem até aliviar sintomas leves, mas não eliminam o fungo. O ideal é procurar um dermatologista ao perceber sinais como coceira, descamação, manchas ou alterações nas unhas”, orientou Silvana.

Para a dermatologista, a prevenção ainda é o melhor caminho durante o verão. Secar bem o corpo, usar chinelos em áreas comuns e manter hábitos simples de higiene ajudam a reduzir significativamente o risco de infecção.

“Com cuidados básicos e atenção aos primeiros sinais, é possível aproveitar a estação mais quente do ano sem prejuízos à saúde da pele”, finalizou.

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