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Alergia a bijuterias: entenda as causas e como lidar

Reações alérgicas a bijuterias são cada vez mais comuns, especialmente em pessoas com pele sensível.

Avatar de Vitor de Arruda Pereira

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28/01/25

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15:13

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Foto: Banco de imagens Canva

Imagine-se escolhendo um belo par de brincos para complementar seu visual.

Você usa com entusiasmo, mas, após algumas horas, começa a sentir uma coceira incômoda na orelha. O que parecia ser uma escolha simples de acessório se transforma em um desconforto quando a pele começa a ficar vermelha e inflamada.

As reações alérgicas podem surgir sem aviso, geralmente em áreas de contato direto com o metal, como brincos, anéis, fechos de relógios e hastes de óculos.

O motivo? A presença de metais pesados, como níquel, cobalto e cromo, que são frequentemente usados em bijuterias para melhorar a durabilidade e a aparência do produto, mas que podem ser agressivos para a pele de quem possui sensibilidade a esses materiais.

“Apesar de conferirem acabamento e durabilidade às peças, esses metais são extremamente danosos para quem tem a pele mais sensível”, explica Julinha Lazaretti, bióloga e especializada em cosméticos hipoalergênicos.

“Quando o sistema imunológico entra em contato com o níquel, por exemplo, ele pode tratá-lo como uma substância agressora, resultando em uma reação alérgica”, ressalta Julinha.

Muitas vezes, os sintomas começam com uma leve coceira ou irritação e podem evoluir para inchaço ou até o aparecimento de bolhas, principalmente se a exposição ao metal for prolongada.

Reconhecer que a alergia a bijuterias é um problema real e cada vez mais comum é o primeiro passo para evitá-la. Com o conhecimento adequado, é possível tomar medidas preventivas, como identificar os metais presentes nas peças e optar por alternativas que não causem danos à saúde da pele.

Como identificar a presença de metais alérgicos

Para evitar reações alérgicas, o primeiro passo é identificar os metais presentes nos acessórios. Isso é especialmente importante para quem já tem histórico de sensibilidades, pois metais como níquel, cobalto e cromo são comuns em bijuterias.

“O diagnóstico precoce é essencial. Muitas vezes, as pessoas não sabem que estão usando peças que contêm esses metais até que a reação aconteça”, afirma Julinha.

Segundo ela, uma das formas mais eficazes de identificar essas substâncias é por meio de kits que detectam o níquel e outros metais alérgicos. Caso a presença seja positiva, ou seja, a peça contenha níquel, o próximo passo é aplicar um isolante para criar uma barreira entre o metal e a pele.

Como tratar os sintomas

Se você já está enfrentando os sintomas de uma reação alérgica, algumas medidas podem ser tomadas para aliviar o desconforto. Julinha sugere que, ao perceber sinais de irritação, a primeira atitude seja remover imediatamente o acessório e evitar o contato contínuo com a peça.

“Para tratar a alergia, a aplicação de cremes anti-inflamatórios e corticosteróides é uma maneira eficaz de controlar a inflamação e reduzir o desconforto”, orienta a especialista. Esses medicamentos, sempre sob recomendação médica, ajudam a amenizar a vermelhidão e a coceira, proporcionando alívio rápido.

Além disso, manter a área afetada limpa e seca é essencial. O uso de sabonetes neutros e a aplicação de compressas frias ajudam a reduzir a sensação de ardência e coceira. Para Julinha, é sempre recomendável buscar a orientação de um dermatologista.

Existe solução?

A melhor maneira de evitar reações alérgicas a bijuterias é buscar peças de marcas confiáveis, que garantam a ausência de metais alérgicos em seus produtos.

Muitas empresas comprometidas com a saúde dos consumidores oferecem bijuterias e acessórios fabricados com materiais hipoalergênicos ou com certificações que asseguram a ausência de substâncias como níquel, cobalto e cromo. Ao escolher produtos de marcas reconhecidas, é possível ter a certeza de que as peças foram testadas e são seguras para o uso diário.

Optar por esses itens não só minimiza o risco de reações alérgicas, mas também proporciona a tranquilidade de saber que o material utilizado nas bijuterias é adequado para peles sensíveis.

“Além disso, o mercado está cada vez mais atento a essas necessidades, oferecendo soluções que aliam estética e segurança”, finaliza a especialista.

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