Com o calor intenso e a alta umidade do verão, os fungos encontram o ambiente ideal para a proliferação na pele.
A dermatologista Silvana Coghi avalia que o aumento dos casos de micoses está diretamente ligado aos hábitos do verão. “O calor favorece a transpiração excessiva e, quando a pele permanece úmida por muito tempo, cria-se um cenário perfeito para o desenvolvimento de fungos. Piscinas, duchas coletivas e o compartilhamento de toalhas ou chinelos aumentam ainda mais o risco de contaminação”, ressaltou.
As micoses são infecções comuns que podem atingir diferentes regiões do corpo, como pés, unhas, virilha e dobras da pele. Apesar de não serem consideradas graves na maioria dos casos, exigem atenção, já que o tratamento inadequado pode prolongar o quadro e facilitar a transmissão para outras pessoas.
Tratamento e cuidados indicados
O tratamento das micoses depende do tipo, da região afetada e da gravidade da infecção. De forma geral, a médica destaca que os cuidados podem envolver:
- Uso de medicamentos antifúngicos tópicos, como cremes, loções ou sprays, prescritos por um dermatologista;
- Em casos mais extensos ou persistentes, indicação de antifúngicos orais, sempre com acompanhamento médico;
- Manutenção da pele limpa e bem seca, principalmente após banho de piscina ou mar;
- Troca frequente de roupas úmidas e preferência por tecidos leves e respiráveis;
- Evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, calçados e alicates de unha.
“Receitas caseiras ou soluções naturais não substituem o tratamento médico. Elas podem até aliviar sintomas leves, mas não eliminam o fungo. O ideal é procurar um dermatologista ao perceber sinais como coceira, descamação, manchas ou alterações nas unhas”, orientou Silvana.
Para a dermatologista, a prevenção ainda é o melhor caminho durante o verão. Secar bem o corpo, usar chinelos em áreas comuns e manter hábitos simples de higiene ajudam a reduzir significativamente o risco de infecção.
“Com cuidados básicos e atenção aos primeiros sinais, é possível aproveitar a estação mais quente do ano sem prejuízos à saúde da pele”, finalizou.





