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CIEE-RS realiza 1ª edição do TROCAS debatendo inovação social e ações de impacto

CIEE-RS reuniu educadores, lideranças do setor público e privado, pesquisadores e agentes de transformação social para debater temas como inovação social.

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28/08/25

às

16:42

Atualizado em: 28/08/2025 às 16:43

CIEE RS

Foto: Henrique Massaro/CIEE-RS

Na primeira edição do TROCAS, roda de discussões criada para abrir espaço ao diálogo, à aprendizagem compartilhada e à geração de conexões, o CIEE-RS reuniu, nesta quarta-feira (27), educadores, lideranças do setor público e privado, pesquisadores e agentes de transformação social para debater temas como inovação social e experiências práticas em negócios de impacto.

No primeiro dos dois painéis apresentados no ICTS (Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação Social (ICTS), a coordenadora do Movimento Nacional ODS RS, Rossana Parizotto, falou sobre o processo de mudanças que envolve a transformação social das organizações.

“Se a inovação só tem um impacto para uma empresa ou para um indivíduo, ela não é uma inovação social. Precisa ter um impacto na comunidade”, afirmou. Ela explicou, ainda, que é necessário que as organizações tenham responsabilidade socioambiental, que está relacionada a boas práticas além do que a legislação exige.

A palestrante também citou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que considera uma “bússola para o mundo” e o ESG (sigla para Environmental, Social and Governance ou Ambiental, Social e Governança, em português), conjunto de critérios utilizado para avaliar o desempenho de empresas em sustentabilidade e responsabilidade social. “Práticas de ESG precisam ser pensadas pelas empresas como um investimento de longo prazo”, disse.

No segundo painel do TROCAS, Juliana Magalhães, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Fomento do CIEE-RS se reuniu com Ana Lucia Maciel, coordenadora da Coalizão pelo Impacto Porto Alegre, e Emily Bittencourt, diretora de Gestão de Inovação da Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS (Sict). Em uma troca constante com o público presente, elas relataram como ações estruturadas podem resultar em impactos reais na comunidade.

“Diversos atores, unindo esforços, conseguem gerar impacto efetivo. Precisamos da ajuda de muitas pessoas, sejam elas do poder público, empreendedores, investidores, agências de fomento e ambientes de inovação como um todo. É uma soma de várias frentes para que possamos melhorar a qualidade de vida das pessoas através de iniciativas focadas no propósito de olhar para a comunidade e sociedade como um todo”, ressaltou Juliana.

A representante da Sict acrescentou que, quando há uma escuta ativa da comunidade e o projeto é estruturado com foco nas reais necessidades dela, é possível gerar propósito e um forte senso de pertencimento — fatores que, no fim, são os verdadeiros responsáveis pelos resultados.

“Por mais bem estruturada que seja uma iniciativa, sem escuta ativa ela não se traduz em resultados. O verdadeiro impacto surge quando o projeto é construído a partir das demandas reais da comunidade, atendendo ao que ela de fato precisa”, disse Emily.

Ana Lucia, do Coalizão pelo Impacto, ressaltou que Porto Alegre é considerada uma das cidades mais inovadoras da América Latina, mas que, ainda assim, é preciso concentrar esforços para que a inovação melhore a vida das pessoas.

“Precisamos nos orgulhar da nossa capacidade de mobilizar nosso conhecimento e nossa inteligência coletiva a serviço da inovação e do desenvolvimento tecnológico. Ao mesmo tempo, precisamos ter um olhar crítico para o quanto esse avanço tecnológico e a inovação como um todo ainda vêm sendo feitos de uma forma desigual e pouco combinada com as necessidades objetivas da maioria da população”, comentou.

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