Em uma das agendas técnicas da missão internacional nos Estados Unidos, a comitiva do governo do Rio Grande do Sul conheceu nesta quarta-feira (14), em Nova Iorque, soluções de inteligência artificial voltadas à segurança pública.
A apresentação envolveu plataformas de integração de dados, automação de processos e análise preditiva aplicadas à atividade policial e ao atendimento emergencial da população.
O encontro teve a presença do governador Eduardo Leite, que ressaltou a importância de buscar tecnologias que possam ser adaptadas às realidades e às políticas públicas estaduais.
“Estamos aproveitando esse espaço para identificar soluções em desenvolvimento, especialmente com uso de inteligência artificial, que possam ser aplicadas no serviço público. A segurança é uma das áreas mais desafiadoras e também com maior potencial de transformação por meio da tecnologia”, afirmou.
Entre as ferramentas apresentadas pela empresa Xertica, estão sistemas capazes de integrar os canais de emergência (como 190, 192 e 193) em tempo real, permitindo identificar rapidamente áreas com maior percepção de insegurança e redirecionar o policiamento de forma dinâmica.
Também foram mostradas tecnologias para qualificar inquéritos policiais, com uso de inteligência artificial para análise de vídeos de depoimentos, leitura de padrões comportamentais e sugestões de novas perguntas por parte dos agentes de investigação.
“A melhoria dos inquéritos é um dos pontos mais sensíveis da segurança pública. Muitas vezes, o Judiciário aponta falhas na estruturação das investigações como obstáculo para manter prisões preventivas. Se conseguirmos melhorar essa base, estamos fortalecendo toda a cadeia de responsabilização”, destacou o governador.
Leite reforçou ainda que, mais do que avaliar fornecedores, a missão tem permitido à equipe identificar tendências e soluções que podem ser incorporadas ou adaptadas às iniciativas já existentes no Rio Grande do Sul.
“Já temos ferramentas que cruzam dados e apontam onde o crime se desloca, ajudando a responsabilizar batalhões e comandos. Mas sabemos que precisamos dar um novo salto e a inteligência artificial pode nos ajudar a fazer isso com mais precisão”, frisou.