O Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos ) aumentou nesta quarta-feira (5) a dose de dióxido de cloro usada no tratamento da água distribuída pelos sistemas São João e Moinhos de Vento – que, juntos, abastecem 56 bairros e localidades de Porto Alegre.
O objetivo é minimizar as alterações de gosto de “terra” e odor relatadas pelos moradores de Porto Alegre nas últimas semanas.
“Os pontos de captação de água bruta dos sistemas São João e Moinhos de Vento são próximos, ambos localizados no entorno da rua Voluntários da Pátria. Estas alterações, percebidas por parte da população, não representam qualquer risco à saúde. Trata-se de um fenômeno natural do Guaíba no verão”, explica a diretora de Tratamento e Meio Ambiente do Dmae, Joice Becker.
Antes, os sistemas São João e Moinhos de Vento recebiam 0,7ppm (partes por milhão) de dióxido de cloro no tratamento – dose elevada para 1ppm. Por outro lado, nas demais estações de tratamento (Menino Deus, Tristeza, Belém Novo e Ilhas), permanece o índice de 0,7ppm.
“Técnicos monitoram a evolução do fenômeno, para que novos ajustes sejam feitos quando necessários”, afirmou a Prefeitura de Porto Alegre.
Segundo a prefeitura, ao todo, são realizadas 2,4 mil análises diárias da água de Porto Alegre – tanto nos pontos de captação, quanto em todas as etapas do tratamento e distribuição.
“Com isso, o Departamento garante a potabilidade da água que chega às torneiras. As equipes estudam a possibilidade de adoção de novas medidas, de médio e longo prazo, tendo em vista que as alterações se repetem anualmente”, ressaltou.
Alterações
Neste verão, não foi identificada a floração de algas nos pontos de captação de água bruta do Guaíba. As alterações de gosto e odor, portanto, são atribuídas à redução natural do nível do lago durante a estação menos chuvosa do ano.
Além disso, a água apresenta menos turbulência, permitindo a entrada de mais luz, o que também contribui para a mudança das características do manancial.