Em relação a enchente de 2024 no Rio Grande do Sul, um levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que 37% municípios gaúchos atingidos não emitiram alertas para a população durante o evento climático.
As informações constam na Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic 2024), divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE. As chuvas, que começaram no final de abril de 2024, afetaram 459 das 497 cidades do Rio Grande do Sul, causando perdas humanas, sociais e econômicas significativas.
Segundo o IBGE, entre os municípios afetados, 289 (63,0%) emitiram alertas durante o evento, enquanto 55 (12,0%) não chegaram a emitir nenhum aviso, e 115 (25,0%) não possuíam sistema de alerta. Entre os municípios atingidos que não emitiram alertas estão Alegrete, Osório, Charqueadas, São Luiz Gonzaga, Carlos Barbosa, Nova Prata, Guaporé, Veranópolis e Ivoti.
Conforme o levantamento apresentado pelo IBGE, das 459 cidades atingidas, 388 (84,5%) afirmaram ter plano de contingência de proteção e defesa civil. Destas, 323 (70,4%) colocaram o plano em prática durante a crise. Em 65 municípios (14,2%) o plano não foi executado.
A principal razão apontada pela maioria (51) foi “outra razão não identificada no questionário”. “Entre os demais motivos citados estão a falta de treinamento das equipes (10 municípios) e a escassez de recursos materiais (11 municípios)”, destacou o IBGE.
Ocorrências
A pesquisa contabiliza que, durante as chuvas, 338 cidades registraram ocorrências com a população: 54 óbitos, 29 pessoas desaparecidas, 329 pessoas desabrigadas ou desalojadas, 82 pessoas feridas e 67 apresentaram doenças em decorrência de inundações, como dengue e leptospirose, entre outras.
O levantamento revela também que 172 municípios gaúchos tiveram estruturas de unidades de saúde danificadas durante a enchente, enquanto 142 relataram danos em equipamentos das unidades de saúde.






