Árvore símbolo do Rio Grande do Sul, a erva-mate e seu potencial para reduzir na atmosfera a presença de CO2 (um dos gases responsáveis pelo aquecimento global) foi tema do 17º Fórum Florestal/RS, realizado nesta quinta-feira (13), durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque.
“A erva-mate incorpora carbono no tronco, nas folhas e no solo e tem potencial quando falamos em biodiversidade”, disse o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Ilvandro Barreto de Melo.
A planta também tem valor econômico. “O Rio Grande do Sul representa 80% das exportações brasileiras de mate. São 200 indústrias de erva-mate e 14 mil produtores”, disse Melo.
Projeto global
Uma das propostas apresentadas durante o fórum foi o Projeto Geração de Créditos de Carbono pela Erva-mate. A iniciativa conta com investimentos de 20 organizações globais e tem a expectativa de ser implementada em três polos ervateiros do Rio Grande do Sul, em área de dez mil hectares.
“A estrutura mais robusta dos recursos que envolvem o projeto está atrelada a um grupo francês, composto por organizações globais”, explicou o coordenador dos Programas de Erva-mate e Café da Fundação Solidaridad/SP, Gabriel Dedini.
“Porém, a gente precisa construir um arcabouço financeiro com governo e iniciativa privada para criar todas as camadas necessárias e corresponsabilidades possam ser assumidas para que o projeto possa seguir em frente”, ressaltou Dedini.