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Federarroz cobra ações urgentes do governo federal para enfrentar crise no arroz

Durante a reunião, os dirigentes da Federarroz relataram o momento crítico vivenciado pelos produtores.

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12/06/25

às

15:52

Reuniao Arrozeiros Brasilia

Reunião aconteceu em Brasília. Foto: Divulgação

Diante do cenário de forte desvalorização do arroz e dificuldades de mercado, a Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) esteve novamente reunida em Brasília (DF), com representantes do governo federal para tratar de medidas emergenciais de apoio ao setor produtivo.

O encontro, que aconteceu na quarta-feira (11), contou com a participação do presidente da entidade, Alexandre Velho, e do presidente eleito, Denis Dias Nunes, além de representantes da Conab, Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Fazenda.

Durante a reunião, os dirigentes da Federarroz relataram o momento crítico vivenciado pelos produtores. “Deixamos claro que a situação está insustentável. Além dos preços estarem muito baixos, o mercado enfrenta uma grave falta de liquidez. Precisamos com urgência de alguma medida de apoio aos produtores”, destacou Velho.

Entre as possibilidades debatidas, foi sinalizada a adoção de uma ação de curto prazo ainda em 2025, como o uso de contratos de opção — ferramenta que permite compras com flexibilidade de até 20% acima do preço mínimo. Também foram mencionadas eventuais medidas no novo Plano Safra, com foco no próximo ciclo produtivo.

A Federarroz reforçou, no entanto, sua posição contrária à compra de arroz pelo preço mínimo vigente, de R$ 63 por saca.

“Esse valor de forma alguma representa uma faixa de preço que sustente os custos reais da lavoura de arroz. O setor produtivo foi enfático: se os preços permanecerem neste patamar, haverá uma drástica diminuição na área plantada, o que certamente não interessa ao governo”, alertou Velho.

O presidente da Federarroz também reiterou sua preocupação com a ausência de medidas imediatas. “Saio da reunião preocupado e espero sinceramente que o governo tenha compreendido a gravidade do momento”, afirmou.

Ainda nesta semana, a entidade também esteve reunida em Porto Alegre com representantes de instituições financeiras para tratar do escalonamento das dívidas de custeio como estratégia para reduzir a pressão de venda nos meses de junho e julho.

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