Depois de lotar teatros em Montenegro e em Canoas, o Festecri Por Aí! desembarca em São Leopoldo, Vale do Sinos, com uma maratona cultural de três dias para o público infantil e juvenil aproveitar.
Versão itinerante do Festival de Teatro para Crianças, o projeto levará três espetáculos para o palco do Teatro Municipal de São Leopoldo, com sessões gratuitas em 24, 25 e 26 de setembro, sempre às 15h.
Em cada data, crianças e adolescentes dos 4 aos 12 anos de idade poderão conhecer diferentes montagens cênicas conceituadas, que se destacam pela sua estética e narrativa. Todas as sessões têm entrada franca e contam com acessibilidade em Libras e audiodescrição.
Para as famílias e o público em geral, haverá retirada gratuita de senhas no local, a partir de uma hora antes do início das sessões. Já as escolas públicas, ONGs, instituições sociais e casas de acolhimento da região devem fazer inscrições antecipadas pelo e-mail festecriproducao@gmail.com.
A abertura do evento em São Leopoldo, na quarta-feira (24), será com apresentação de Amazônia – um olhar sobre a floresta, montagem do Grupo Gompa que une teatro, dança, artes visuais e música para contar a história de animais que perdem seus ambientes naturais em função da destruição da natureza.
A peça revela por meio de cores, texturas, movimentos e sons um pouco do universo encantado da Amazônia brasileira, seus rios, vegetação e, especialmente, animais.
Depois, na quinta-feira (25), a atração será Bandele – o menino nascido longe de casa, espetáculo da Trupi di Trapu que apresenta uma narrativa repleta de força e de ancestralidade. Inspirada nos tambores, tons e imagens da Mãe África, a montagem mescla contação de histórias com teatro de animação em uma livre adaptação da obra homônima que tem texto da escritora Eleonora Medeiros e ilustrações de Camilo Martins.
O encerramento, na sexta-feira (26), será com apresentação de Renovação Negra, Sim!, que se desenrola através de brincadeiras, danças e jogos de origem africana. A peça mostra uma personagem feliz por ter uma boneca Barbie com o mesmo tom de pele dela e aborda, de forma leve, assuntos como racismo estrutural, bullying, equidade e missão de vida.
Ao revelar a história dessa menina e da sua relação amorosa com as culturas de matriz africana, a montagem encoraja outras crianças negras a buscarem seu espaço nos lugares onde bem desejar e as crianças não negras a conhecerem e dialogarem sobre a cultura afro-brasileira.
“São três espetáculos curados com muito carinho para as crianças. É na infância que construímos aptidões, saberes, gostos e desejos que nos formam enquanto cidadãos. Nossa contribuição às crianças é estimular essa imaginação através da arte, para que possam desenvolver um novo olhar e transformar suas próprias realidades, acreditando num futuro de possibilidades, como fonte de mudança e cidadania”, destacam as diretoras do projeto, Daniela Lopes e Letícia Vieira.