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Festival no Teatro Simões Lopes Neto reúne espetáculos com ingressos a preços populares

O festival conta sete espetáculos em Porto Alegre.

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01/07/25

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18:43

Cena do espetáculo Peixes. Foto: Fábio Lutz

Vem aí a segunda edição do Movimenta Cena Sul! O festival, que surgiu há exatamente um ano, como uma ação emergencial para gerar oportunidade de trabalho para artistas afetados pela enchente, se reinventa, agora com um novo propósito: ocupar o recém-inaugurado Teatro Simões Lopes Neto, do Multipalco Eva Sopher, em Porto Alegre, com montagens locais, fortalecendo e celebrando a cena artística gaúcha.

Serão sete espetáculos, que transitam por linguagens como teatro, música e dança, apresentados de 19 a 28 de julho e com ingressos a preços populares. As entradas já estão à venda no site, com preços de R$ 40 no valor inteiro e R$ 20 para quem tem direito a meia-entrada.

O primeiro fim de semana do festival contará com dois shows apresentados por mulheres gaúchas que homenageiam outras importantes figuras femininas: no dia 19, Shana Müller com Canto de América, em alusão aos 90 anos de Mercedes Sosa (1935 – 2009), uma das grandes vozes da América Latina; e, no dia 20, Fernanda Copatti, com O Nome Dela é Gal, presta tributo à Gal Costa (1945 – 2022), que completaria 80 anos em 2025.

A segunda semana do evento será dedicada às artes cênicas, começando no dia 24 com Onde está Cassandra?, que celebra os 25 anos de carreira da drag queen Cassandra Calabouço, misturando dança, lipsync, teatro e outras linguagens artísticas.

Depois, no dia 25, haverá a primeira apresentação do premiado espetáculo Rhinocerontes fora do Bar Ocidente. A montagem, livremente inspirada em Eugène Ionesco e com direção de Eduardo Kraemer, ganhará uma nova versão, ocupando as ruas do Centro Histórico e o foyer do Multipalco Eva Sopher até chegar ao grande palco, trazendo para o público uma sátira sobre a conformidade e a alienação da sociedade moderna.

Já no dia 26, a atração será Peixes, assinada por Camila Vergara e interpretada por dez artistas. A composição coreográfica é inspirada nos mistérios do mar e se transforma em uma analogia para a reflexão sobre o presente, o futuro e a força do coletivo em um mundo onde as individualidades são cada vez mais enfatizadas.

Em seguida, no dia 27, o público poderá conferir Negreiros, montagem do Grupo Teatral Leva Eu que serve como metáfora para provocar diferentes olhares sobre situações contemporâneas análogas ao trabalho escravo e, consecutivamente, falar sobre racismo, preconceito e corpo negro.

O encerramento, no dia 28, será com a nova montagem do Coletivo Gompa, A Menina dos Olhos d’Água, que estreou na Alemanha, passou pelo Rio de Janeiro e terá sua segunda apresentação na capital gaúcha. O

espetáculo, para crianças a partir dos seis anos, tem direção de Camila Bauer e conta com atuação e manipulação de bonecos feita por Liane Venturella, para contar a história de uma menina vítima da enchente e refletir sobre pertencimento, exílio, deslocamento, perda e superação.

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