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Frigorífico é parcialmente interditado no Norte do RS

O frigorífico tem 2 mil trabalhadores e abate 5,6 mil suínos por dia.

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06/06/25

às

23:31

Atualizado em: 06/06/2025 às 23:50

JBS

Foto: Divulgação/MPT-RS

Uma força-tarefa interditou parcialmente um frigorífico da JBS/Seara em Seberi, na Região Norte do Rio Grande do Sul, em razão de situações de grave e iminente risco aos trabalhadores.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (6) pelo MPT-RS (Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul). Segundo o MPT-RS, uma equipe da Força-Tarefa dos Frigoríficos do Rio Grande do Sul realizou ação fiscal entre os dias 2 e 6 de junho na unidade da JBS/Seara em Seberi.

“Encontrou múltiplas situações de grave e iminente risco aos trabalhadores. Enquanto a fiscalização era realizada, foi constatado vazamento de amônia na unidade, que levou à assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) Emergencial entre a empresa e o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul”, disse em nota o MPT-RS.

“Como resultado das demais irregularidades verificadas na vistoria, parte dos processos e instalações da planta foram interditados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)”, com completou.

A unidade de Seberi tem dois mil trabalhadores e abate 5,6 mil suínos por dia. A Força-Tarefa foi composta de representantes do MPT-RS, do MTE, do CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) Macronorte, da 15ª Coordenadoria Regional de Saúde, da DVST/CEVS (Divisão de Vigilância em Saúde do Trabalhador) e do CREA-RS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul).

A força-tarefa também encontrou ritmo intenso de trabalho no frigorífico da JBS/Seara de Seberi, sobretudo nas áreas de abate, desossa e miúdos.

Os trabalhadores estariam realizando tarefas repetitivas e pesadas. As condições estariam aumentando o risco de lesões por esforço repetitivo e dores musculares.

Conforme o MPT-RS, durante a fiscalização foram encontrados 3.573 casos de subnotificacão de acidente de trabalho.

“41 deles em que houve reconhecimento no nexo com o trabalho pela Previdência Social e 83 casos em que a própria empresa investigou o caso ocorrido como acidente de trabalho e mesmo assim não emitiu a devida Comunicação de Acidente de Trabalho”, disse o MPT-RS.

Amônia

Um vazamento de amônia de 17.5 ppm foi detectado durante a inspeção levou a empresa a firmar um TAC emergencial com o MPT-RS.

“No qual a companhia se comprometeu a adotar medidas robustas para adequação do sistema de detecção precoce de vazamento de amônia, como aquisição, instalação e manutenção dos quadros de válvulas, treinamento de pessoal, implantação de fluxo de comunicação de vazamento, criação de rotas, sistemas e protocolos semanais de inspeção de Segurança do Trabalho, realização de auditorias mensais, entre outras obrigações”, afirmou o MPT-RS.

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