Aos poucos, o frio está chegando no Rio Grande do Sul. O inverno terá início no dia 20 de junho, mas o frio já está presente no cotidiano dos gaúchos.
De acordo com o Climatempo, uma nova massa de ar polar vai ingressar no Rio Grande do Sul a partir desta sexta-feira (6). Assim Estado vai passar pela segunda onda de frio.
Diante desse aviso prévio do frio intenso, há uma outra preocupação: a depressão sazonal. Conhecida como TAS (Transtorno Afetivo Sazonal), a condição é um tipo de depressão que ocorre em uma época específica do ano, geralmente durante o outono e o inverno, quando há menos incidência da luz solar, o que pode afetar o relógio biológico do corpo e os níveis de serotonina e melatonina, neurotransmissores que regulam o humor e o sono.
De acordo com dados recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que cerca de 5% da população mundial sofra com a depressão sazonal. A psicóloga Raquel Correa da Silva explica que a depressão sazonal não é completamente compreendida, mas acredita-se que vários fatores, como os citados acima, possam contribuir.
Raquel sugere que as pessoas se exponham à luz solar durante o dia, pois isso pode ajudar a regular o humor e os padrões de sono, contribuindo para uma melhora significativa nos sintomas. Além disso, a psicóloga indica a prática regular de atividade física e ter uma boa alimentação.
“O exercício físico libera endorfinas, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, além de melhorar a qualidade do sono e reduzir os níveis de estresse. Essas atividades podem incluir caminhadas rápidas ou sessões de yoga. Outro ponto essencial nesse contexto é a boa alimentação. Priorizar alimentos ricos em nutrientes, como frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, pode fornecer ao corpo a energia necessária para enfrentar os desafios do dia a dia”, orienta Raquel.
Por fim, a psicóloga apresenta algumas alternativas de tratamento para a depressão sazonal. Confira:
- Terapia de Luz (Fototerapia): Exposição a uma luz artificial brilhante que imita a luz natural. Este é um dos tratamentos mais comuns e eficazes;
- Medicamentos: Antidepressivos, como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), podem ser prescritos para ajudar a regular os níveis de serotonina no cérebro;
- Psicoterapia: Terapias como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) podem ajudar a lidar com os sintomas e mudar os padrões de pensamento negativos;
- Mudanças no estilo de vida: Passar mais tempo ao ar livre, aumentar a exposição à luz natural, fazer exercícios regularmente e manter uma dieta saudável podem ajudar a aliviar os sintomas;
- Suplementação de Vitamina D: Em alguns casos, suplementos de vitamina D podem ser recomendados, especialmente se os níveis de vitamina D estiverem baixos devido à falta de exposição ao sol.