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Infectologista explica como se cuidar diante do aumento de casos de síndromes respiratórias

Porto Alegre trabalha na elaboração de um decreto de situação de emergência em saúde pública em função do aumento de casos de síndromes respiratórias.

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15/05/25

às

13:44

Atualizado em: 15/05/2025 às 13:48

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Foto: Cristine Rochol/PMPA

Com a chegada do frio, os casos de síndromes respiratórias tendem a aumentar.

De acordo com o boletim InfoGripe da Fiocruz, em 2025, já foram confirmados 22.235 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no país, causada por vírus como Influenza, Sars-cov 2, rinovírus, vírus sincicial respiratório, etc.

Em 2024, o total de casos de SRAG no país foi de 169.711, segundo um boletim epidemiológico publicado em maio de 2025 pelo Ministério da Saúde. Nesse cenário, o uso de máscaras e álcool gel podem ser medidas alternativas para prevenir a gripe.

O Rio Grande do Sul é um dos estados, que segundo o boletim, apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco. A Prefeitura de Porto Alegre trabalha na elaboração de um decreto de situação de emergência em saúde pública em função do aumento de internações por SRAG em adultos e crianças.

Os dados analisados pelo boletim são do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). As medidas preventivas para vírus respiratórios são uma das formas de cooperação coletiva para diminuição de casos.

“Além da vacinação, medidas como cobrir a boca ao tossir ou espirrar, lavar bem as mãos e com frequência, beber bastante água, evitar compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, copos e toalhas) e manter os ambientes ventilados são formas de diminuir a circulação dos vírus respiratórios”, explica infectologista Igor Marinho.

Nesse cenário, um informe epidemiológico, publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde em 5 de abril de 2025, reforça a recomendação da vacinação contra os vírus e também o uso de máscaras PFF2 ou N95 não só para profissionais da saúde e pessoas sintomáticas, mas também para pessoas saudáveis.

“A principal função da máscara é reduzir a quantidade de partículas virais que uma pessoa infectada libera no ambiente. Mesmo indivíduos assintomáticos podem transmitir vírus respiratórios, e a máscara ajuda a conter essas emissões. Algumas máscaras também oferecem proteção para quem as utiliza, filtrando o ar inalado e reduzindo a quantidade de partículas virais que podem entrar nas vias respiratórias”, explica Marinho.

Como se proteger dos vírus respiratórios?

O infectologista destaca os principais pontos de prevenção para a população poder se cuidar neste inverno:

  • Lave as mãos com água e sabão por ao menos 30 segundos, principalmente após espirrar, usar o banheiro, tossir e antes de comer. Se não puder lavar com água e sabão, use álcool gel 70%;
  • Não toque os olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
  • Deixe o ar circular pelo ambiente para ficar ventilado, abrindo portas e janelas;
  • Limpe as superfícies tocadas com frequência, como maçanetas, interruptores e bancadas, com álcool 70% ou água sanitária diluída;
  • Evite aglomerações e locais fechados com muitas pessoas, principalmente em épocas de surtos de doenças respiratórias.

“Medidas de cuidados com a saúde para o fortalecimento da imunidade, por meio de alimentação balanceada, exercício físico e sono regular, também são importantes pois o corpo fica mais preparado para lidar com vírus e doenças respiratórias”, finaliza o infectologista.

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