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Operação desarticula esquema criminoso envolvendo servidores públicos federais

A operação conjunta aconteceu em cinco cidades do Rio Grande do Sul.

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06/11/24

às

15:58

operacao conjunta

Imagem da operação. Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal deflagrou, em ação conjunta com a Corregedoria da Receita Federal, nesta quarta-feira (6), a Operação Entreposto, com o objetivo de desarticular esquema criminoso realizado por grupo de servidores públicos da Receita Federal. A ação aconteceu em cinco cidades do Rio Grande do Sul.

“Que se utiliza de seus cargos para desviar e se apropriar de mercadorias aprendidas nas atividades de fiscalização fazendária, com o fim de proceder, posteriormente, a reinserção criminosa de tais bens no mercado informal”, disse a Policia Federal.

A ação contou com a atuação de aproximadamente 90 policiais federais e 16 integrantes da Corregedoria da Receita Federal. “Tendo sido cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 15 mandados de busca e apreensão, três mandados de busca pessoal e 12 medidas cautelares, além do sequestro de 22 imóveis e 24 veículos, bem como o bloqueio de contas bancárias dos investigados, com valor aproximado de R$ 37 milhões”, informou a assessoria de imprensa da Polícia Federal.

As ordens judiciais, emitidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria, foram cumpridas nos municípios de Santa Maria, Pelotas, Lajeado, Braga, Santo Augusto e Chapecó (Santa Catarina).

“A investigação começou a partir de uma comunicação interna à Corregedoria da Receita Federal do Brasil pela Superintendência da Receita Federal no estado do Rio Grande do Sul, resultando na instauração de investigação criminal pela Polícia Federal”, ressaltou a Polícia Federal.

Segundo as investigações, servidores fraudavam registros de apreensão, de modo que apenas uma parte dos produtos apreendidos ingressasse de fato ao depósito de mercadorias da Delegacia da Receita Federal em Santa Maria.

“A comercialização dessas mercadorias era realizada, em regra, por grupo composto de particulares, o qual repassa os valores das vendas aos agentes públicos mediante comissão. Restou identificada, ainda, a participação de um policial militar do estado de Santa Catarina, lotado na inteligência do órgão, que além de auxiliar na operacionalização das abordagens a alvos potenciais, prestava apoio na venda e na destinação de produtos desviados”, completou a Polícia Federal.

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