A Prefeitura de Porto Alegre concluiu nesta quinta-feira (9) a demolição do Edifício Galeria XV de Novembro., conhecido como “Esqueletão”.
O prédio ficava entre as ruas Marechal Floriano Peixoto e Otávio Rocha, no Centro Histórico de Porto Alegre, e estava abandonado há décadas. A demolição manual e mecânica começou em 5 de janeiro de 2024, mas foi interrompida diversas vezes por vários motivos, como uma determinação do Ministério do Trabalho e dificuldades causadas pela enchente de maio de 2024.
“Hoje é um dia histórico para Porto Alegre. Assumimos o compromisso de resolver este desafio: colocar no chão o velho Esqueletão. Um prédio dos anos 50 que virou problema e risco para quem vive e trabalha no Centro. Agora temos um terreno limpo, privilegiado, que no futuro poderá abrigar serviços sociais e inovação no coração da cidade”, destacou o prefeito Sebastião Melo.
O Esqueletão tinha 19 andares. Apenas o primeiro pavimento permanece de pé. Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, ao todo, foram removidas 6.318 toneladas de entulho e 159 toneladas de sucata, em 359 viagens de caminhão. O terreno de 872 metros quadrados está cercado e totalmente desocupado.
“A demolição, executada pela empresa FBI Demolidora, teve custo de R$ 4,9 milhões”, ressaltou a prefeitura.
Histórico do Esqueletão
Inacabado desde 1959, após a falência da construtora, o edifício contava com 19 pavimentos e 370 unidades, além de térreo, sobreloja, depósito, subsolo e cobertura.
Se concluído, teria mais de 13 mil metros de área construída. Em 2003, a Prefeitura de Porto Alegre ingressou com ação civil pública para interditar e desocupar o prédio. Em dezembro de 2019, o Ministério Público determinou sua interdição total.
Em agosto de 2022, a prefeitura obteve na Justiça autorização para a demolição, com base em laudo técnico da Ufrgs que apontava risco iminente de colapso.

Próximos passos
A prefeitura informou que pretende viabilizar a implantação de um equipamento público no local.
“Para isso, será necessária a conclusão do processo de desapropriação, quitação de dívidas de IPTU dos antigos proprietários e ressarcimento do valor da demolição. A condução do projeto ficará a cargo da SMPG”, disse.