Segundo o Painel de Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Porto Alegre já registrou 7.714 casos de violações (qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima, como maus tratos, exploração sexual, tráfico de pessoas) contra a mulher.
Em todo o Rio Grande do Sul, são 30,291 casos e 4.118 denúncias. E nesta sexta-feira (6), é celebrado o Dia de Mobilização para o Fim da Violência Contra a Mulher, que visa reforçar a importância de enfrentar uma das formas mais graves de violação dos direitos humanos.
Para a coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera de Porto Alegre, Patrícia Vargas, a data é crucial para a conscientização e o engajamento social em torno de um dos problemas mais urgentes da sociedade, a violência contra mulheres, que é uma violação dos direitos humanos e ocorre de diversas formas, como violência física, psicológica, sexual, econômica e institucional.
“Trata-se de um crime que ultrapassa os limites de determinada comunidade e ou Estado (isoladamente). A discussão sobre problema nos conscientiza não apenas na identificação de condutas reprováveis, mas informa sobre onde e quando se deve denunciar, como também, serve para as mulheres apoiarem-se umas às outras”, avalia Patrícia.
Para Patrícia, a violência contra mulheres constitui-se, como informa o Manual de Política Nacional de Enfrentamento À Violência Contra as Mulheres, em uma das principais formas de violação de direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física.