As avaliações que integram a etapa final do Selo Premium para azeites de oliva gaúchos ocorrem nesta semana no LFDA (Laboratório Federal de Defesa Agropecuária) em Porto Alegre.
No total, 31 amostras de azeites de oliva estão sendo analisadas, em um processo técnico que envolve 19 painelistas capacitados, seguindo práticas similares às adotadas pelo COI (Conselho Oleícola Internacional).
A iniciativa é conduzida pelo Ibraoliva (Instituto Brasileiro de Olivicultura) em parceria com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. O Selo Premium busca reconhecer a qualidade e a origem dos azeites produzidos no estado gaúcho, além de oferecer aos produtores informações técnicas que possibilitem a melhoria contínua dos produtos.
De acordo com a coordenadora do setor das olivas, no Programa Produtos Premium da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia, Silvia Regina Schumacher, a avaliação segue critérios definidos em regulamento por um grupo de trabalho composto por especialistas e representantes do setor.
“O processo de certificação ocorre em duas etapas. Primeiro, comprova-se a origem do produto, desde o cultivo das oliveiras até a extração do azeite, tudo em solo gaúcho. Na sequência, realiza-se a avaliação da qualidade, que inclui análises físico-químicas e sensoriais”, explica.
Silvia destaca que, além da certificação, o programa contribui com o aprimoramento da produção. “Caso alguma amostra não atinja os requisitos estabelecidos, o produtor recebe um relatório técnico e orientação para corrigir pontos específicos e elevar a qualidade nas próximas safras”, complementa.
Para qualificar o processo de avaliação sensorial, o Selo Premium conta com painelistas capacitados pelo LFDA e pela UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre).
“Atualmente, contamos com 21 painelistas treinados, todos nivelados de acordo com as exigências internacionais. Um dos responsáveis pelo processo de capacitação, Juliano Garavaglia, atua como Chefe de Painel reconhecido pelo COI, o que assegura credibilidade e alto padrão técnico às análises”, reforça Silvia.
Elevar o padrão
O diretor técnico do Ibraoliva, André Sittoni Goelzer, ressalta o impacto do programa no desenvolvimento do setor. “O Selo Premium é uma ferramenta fundamental para elevar o padrão dos azeites gaúchos, além de permitir que o produtor conheça a fundo o próprio produto e busque excelência safra após safra”, afirma.
Segundo Goelzer, a certificação gera benefícios diretos tanto para o consumidor quanto para o próprio mercado, ao oferecer um selo que atesta a qualidade e diferencia os azeites gaúchos.
“Essa análise técnica possibilita um mapeamento das necessidades de ajuste em cada propriedade e orienta os produtores a buscarem continuamente um produto superior, o que fortalece toda a cadeia da olivicultura do Rio Grande do Sul”, conclui.