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Revolução 50+: Personalização e ciência para envelhecer com qualidade no Brasil

Segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de idosos.

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03/02/25

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13:28

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Foto: Banco de imagens Canva

O Brasil vive uma verdadeira revolução demográfica: mais de 50 milhões de pessoas já ultrapassaram os 50 anos de idade, representando 25% da população nacional e 22% da força de trabalho ativa, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Essa mudança demográfica projeta um futuro ainda mais desafiador. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de idosos.

Diferente das gerações anteriores, os novos cinquentões estão mais conscientes sobre a importância de combinar longevidade com saúde, qualidade de vida e autonomia. De acordo com Christini Maria, médica do trabalho, especialista em Medicina Funcional Integrativa, essa mudança de comportamento reflete um conceito conhecido como healthspan.

“Hoje, as pessoas não querem apenas viver mais, mas viver bem, com energia e capacidade para aproveitar cada década de vida. A geração 50+ está ativa, conectada, muitas vezes inserida no mercado de trabalho e preocupada com alimentação, sono, saúde mental e equilíbrio emocional. É um estilo de vida completamente diferente do que víamos no passado”, disse Christini.

Prevenção como chave

Enquanto a medicina tradicional geralmente se limita ao tratamento de sintomas, a Medicina Funcional Integrativa se diferencia por adotar uma perspectiva preventiva e holística.

Essa abordagem busca entender as causas profundas dos desequilíbrios no organismo, ajudando a identificar sinais precoces de doenças e promovendo mudanças sustentáveis no estilo de vida.

“A medicina funcional utiliza tecnologias avançadas como bioimpedância elétrica para determinar a composição corporal, microscopia de campo escuro para analisar alterações por meio de sangue capilar e termografia para identificar processos inflamatórios. Com essas ferramentas, conseguimos traçar um mapa detalhado da saúde do paciente e personalizar completamente os tratamentos, levando em conta suas necessidades individuais”, explicou Christini.

Doenças crônicas como osteoporose, hipertensão e alterações metabólicas são comuns nessa faixa etária, mas estão diretamente relacionadas ao tempo de exposição a fatores de risco.

“A abordagem integrativa permite não apenas prevenir o agravamento dessas condições, mas também melhorar a qualidade de vida mesmo em casos onde a doença já está instalada. Trata-se de alinhar o terreno biológico para garantir saúde física, emocional e cognitiva de forma contínua”, completou a médica.

Além disso, a personalização dos cuidados é essencial para garantir a adesão ao tratamento. “Trabalhamos com a realidade de cada paciente, respeitando suas condições financeiras, hábitos culturais e estilo de vida. Isso faz toda a diferença, porque o paciente se sente parte ativa do processo e realmente engajado em cuidar da própria saúde”, afirmou Christini.

Os resultados dessa abordagem personalizada são cada vez mais evidentes entre os pacientes 50+. Segundo a médica, pacientes com diabetes tipo 2 relatam melhorias significativas ao adotarem mudanças alimentares e estratégias de manejo do estresse.

Mulheres na menopausa encontram alívio de sintomas com terapias que equilibram o organismo de forma natural e segura. Outros pacientes relatam ganhos em energia, disposição e até mesmo na produtividade no trabalho.

Para essa nova geração 50+, que busca longevidade com qualidade, a personalização e o cuidado preventivo têm se mostrado como a chave para viver mais e melhor.

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