O calor, a umidade alta e os dias chuvosos são ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. Além disso, com a proximidade do verão, os focos do mosquito tendem a aumentar.
De janeiro até novembro deste ano, o Rio Grande do Sul registrou 298.510 notificações e 204.843 casos confirmados de dengue, sendo 471 municípios infectados e 281 mortes. Os dados são do Painel de Casos de Dengue, da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.
Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Andressa Telles Borges, acerca dos cuidados com a saúde, é preciso atentar-se, primeiramente, com as reações da doença, que podem ser confundidas com outras, haja vista que a febre é um dos sintomas.
“A dengue pode causar sintomas como febre alta, dores musculares, dores de cabeça, erupções cutâneas e fadiga. É essencial educar as pessoas sobre o tema, de forma que se sintam incentivadas a procurar assistência médica imediata a partir do momento em que apresentarem os sintomas, adotando medidas preventivas, garantindo o diagnóstico e tratamento da doença adequado, pois esses mesmos sintomas se assemelham com outros problemas”, explica Andressa.
Andressa acrescenta que é importante observar os sinais respiratórios e gripais. “A dor de garganta, congestão nasal, tosse seca, coriza etc., são comuns na covid-19, mas isso não é frequente nas arboviroses”, exemplifica.
De acordo com Andressa, os principais sintomas da dengue podem variar de leves a graves, e incluem:
- Febre alta
- Dor de cabeça intensa
- Dor atrás dos olhos
- Dores musculares e nas articulações
- Manchas vermelhas na pele (exantema)
- Náuseas e vômitos
- Fadiga e cansaço excessivo
- Sangramentos (em casos graves)
Cuidados
Hidratação: Manter-se bem hidratado é fundamental para evitar a desidratação causada pela febre e perda de líquidos. O soro de reidratação oral (SRO) é recomendado.
Controle da febre e dor: O uso de medicamentos como paracetamol ou dipirona pode ser indicado para aliviar a febre e as dores, mas anti-inflamatórios como o ibuprofeno devem ser evitados, pois podem aumentar o risco de sangramentos.
Acompanhamento médico: Em casos mais graves, como a dengue hemorrágica ou dengue grave, o paciente pode precisar de internação para monitoramento da pressão arterial, transfusão de sangue e cuidados intensivos.
Evitar a automedicação: É importante que o tratamento seja orientado por um profissional de saúde. O uso indiscriminado de medicamentos, especialmente os anti-inflamatórios, pode agravar a doença.
Repouso: O repouso é essencial para a recuperação, pois o corpo precisa de energia para combater o vírus.
Dicas
Por fim, a especialista dá algumas dicas para evitar a proliferação do mosquito e evitar a doença. Confira:
Elimine água parada: Verificar se não há nenhum objeto que possa acumular água, como pneus, garrafas, latas, baldes, entre outros, além de manter as calhas limpas e sem obstruções e verificando se não há vazamentos de água.
Instale telas de proteção: Instale telas nas janelas e portas para impedir a entrada do mosquito da dengue em sua casa.
Mantenha a piscina limpa: A piscina é um local comum para o acúmulo de água parada. Certifique-se de manter a água limpa e tratada com produtos químicos adequados.
Cooperar com as campanhas de prevenção: Participar de campanhas de prevenção promovidas pelo governo e por organizações locais é uma forma de ajudar a prevenir a proliferação do mosquito da dengue em sua comunidade.