A Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura) iniciou nesta quarta-feira (9) o trabalho de campo para medir a profundidade do Guaíba, a batimetria.
O barco equipado com ecobatímetro e GPS, iniciou a navegação às 9h desta quarta no Guaíba. Os equipamentos integrados fornecem a posição e a cota do fundo do lago a cada dois metros. “Isso permite fazer o desenho da calha em toda a sua extensão”, afirmou o engenheiro civil Milton Dupont.
O trabalho foi acompanhado pelas equipes técnicas da Sema que atuam no âmbito do projeto Desassorear RS (Eixo 2), que integra as estratégias do Plano Rio Grande. Além de parte do Guaíba, o consórcio irá mapear o leito do Delta do Jacuí e dos rios Caí, Sinos e Gravataí.
“Dentro do Plano Rio Grande, o Estado já está fazendo o desassoreamento nos pequenos recursos, o que vem ajudando nas inundações principalmente com efeito local. Para os recursos de grande porte, precisamos da batimetria, que é a medição do leito dos rios, para identificar se existem acúmulos de sedimento que estejam prejudicando o escoamento das águas. Esse estudo é fundamental pra que possamos ter efetividade na ação e avaliar se a dragagem terá efeito em um possível represamento”, garantiu Marjorie Kauffmann, secretária da Sema.
Segundo o governo do Estado, a batimetria é essencial para subsidiar os estudos que irão identificar possíveis pontos críticos de acúmulo de sedimentos e outras alterações no leito do Guaíba.
“Além de ser fundamental para melhorar o sistema de alerta de inundação por meio de modelagem hidrodinâmica, que simula com maior precisão o comportamento do fluxo de água durante eventos extremos. O levantamento total será feito em 2.589 quilômetros de extensão”, afirmou.