A morte do vereador de Estrela Gerson Adriano da Silva, 52 anos, está sendo tratada pela Polícia Civil como latrocínio, informaram as autoridades em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (30).
Na coletiva, a Polícia Civil afirmou que não foi crime político. De acordo com as investigações, Silva foi atraído para uma emboscada. A polícia ainda confirmou que o caso se trata de um latrocínio (roubo seguido de morte).
O vereador foi visto pela última vez em Estrela, no começo da noite de 18 de janeiro. Depois disso, teria seguido sozinho em seu próprio carro em direção à Região Metropolitana.
Segundo a Polícia Civil, Silva combinou um encontro com uma mulher, em Alvorada, e, no dia seguinte, planejava seguir para Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, em uma casa de um parente.
Em Alvorada, próximo ao local de encontro, Silva foi rendido por três homens. Conforme a Polícia Civil, foram roubados dele um computador, R$ 900 em dinheiro. Além disso, ele foi obrigado a transferi quantias via Pix, que somaram cerca de R$ 4 mil.
Como ele não fez mais contato com a família, o caso foi comunicado à polícia. Buscas passaram a ser realizados em matagais na Região Metropolitana, com apoio do Corpo de Bombeiros e emprego de cães farejadores. No dia 24 de janeiro, o corpo dele foi localizado em uma área de mata, em Alvorada.
Conforme a Polícia Civil, o corpo apresentava perfurações, além de sinais de estrangulamento. “Uma das suspeitas da polícia é de que ele tenha sido estrangulado com o uso de um cinto”, disse.
O veículo do vereador, um Corsa, foi encontrado incendiado em Viamão. Documentos dele foram localizados no bairro Umbu, em Alvorada.
Na coletiva, as autoridades afirmaram que três pessoas foram presas. Segundo a Polícia Civil, são dois homens, um de 26 anos apontado como o mentor do crime e outro de 62 anos, que estava com os pertences pessoais do vereador. Eles foram presos em Alvorada.
Além deles, a polícia também prendeu uma mulher de 25 anos, de Pelotas, que recebeu uma das transferências bancárias realizadas na noite do desaparecimento do vereador.
A polícia seguirá apurando se houve a participação de mais pessoas neste crime. A investigação é feita em conjunto pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e pela Delegacia de Polícia de Estrela.
