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Caxias do Sul recebe mutirão para realização de exames que detectam doenças pulmonares

Os exames serão realizados no Centro Especializado de Saúde de Caxias do Sul.

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14/05/25

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17:33

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Foto: Cristine Rochol/PMPA

O município de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, receberá, entre os dias 19 e 23 de maio, o mutirão de exames de espirometria – que auxilia no diagnóstico preciso de doenças respiratórias.

A iniciativa, denominada Programa AbraçAR, tem como objetivo atender mais de 240 pacientes que já possuem encaminhamento para o exame. Os exames serão realizados no Centro Especializado de Saúde de Caxias do Sul, que está localizado na Rua Sinimbu, 2231, no Centro, de segunda-feira (19) à sexta-feira (23), das 8h às 15h.

O mutirão é uma parceria entre a Boehringer Ingelheim e a Secretaria de Saúde do município. O propósito da ação é auxiliar cidade de Caxias do Sul a reduzir a fila de pessoas já cadastradas no SUS (Sistema Único de Saúde) elegíveis para a realização da espirometria, além de contribuir para o diagnóstico de doenças pulmonares.

A espirometria é um teste de função pulmonar que mede a quantidade (volume) e a velocidade (fluxo) de ar que pode ser inalada ou expirada.

O exame é realizado por um técnico de espirometria habilitado, utilizando equipamentos conectados a sistemas computadorizados que geram dados gráficos e numéricos para análise do especialista.

Sobre a doença pulmonar obstrutiva crônica

A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma condição progressiva e séria que limita o fluxo de ar nos pulmões e afeta a qualidade de vida dos pacientes, por produzir sintomas como tosse crônica, expectoração e falta de ar, que muitas vezes impedem a realização de atividades básicas do dia a dia. Subir escadas, fazer pequenas caminhadas e até se alimentar podem trazer cansaço para os pacientes.

De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), em 2020, o tabagismo foi responsável por aproximadamente 37.686 mortes por doença pulmonar obstrutiva no Brasil, o que equivale a cerca de 103 óbitos por dia.

O tabagismo é o principal fator de risco para a doença, seguido de exposição ocupacional e ambiental envolvendo vapores químicos, poeira e outras partículas que provocam inflamação pulmonar.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado diminuem as taxas de exacerbação (crises respiratórias nas quais a falta de ar piora subitamente).

“É preciso evitar a progressão da doença por meio da detecção precoce para reduzir os números de internações hospitalares e a mortalidade pela doença, especialmente de pacientes entre 50 e 70 anos de idade”, explica Adriana Castro de Carvalho, médica pneumologista.

“Agora, podemos personalizar o tratamento, oferecendo pela primeira vez aos pacientes em estágios mais avançados o broncodilatador de inalação em nuvem, que beneficia aqueles que não conseguem atingir um fluxo inalatório mínimo para inalar outros medicamentos” afirma Adriana.

“Já existem tratamentos disponíveis no SUS para a doença pulmonar obstrutiva, mas é de suma importância que o paciente busque o diagnóstico com o médico o mais rápido possível para conter a doença e melhorar sua qualidade de vidas”, finaliza a médica.

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