O governo do Rio Grande do Sul comunicou que a quarentena sanitária de 28 dias se encerra nesta quarta-feira (18) em Montenegro, no Vale do Caí.
As medidas de contenção foram implementadas pelo governo do Estado após a confirmação, em 15 de maio, de um foco de gripe aviária em Montenegro. Desde então, o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) adotou ações rigorosas e sistemáticas para erradicar o foco e monitorar possíveis novos casos no Rio Grande do Sul.
“Ao longo do período, mais de quatro mil veículos foram abordados em barreiras sanitárias instaladas na região, com o objetivo de controlar o transporte de animais, produtos de origem animal e rações”, afirmou o governo gaúcho.
Conforme o governo do Estado, as visitas de vigilância em propriedades rurais ocorreram dentro de duas zonas estabelecidas, uma de três quilômetros e outra de dez quilômetros a partir do foco. “Todas as medidas adotadas em Montenegro seguiram protocolos nacionais e diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)”, afirmou.
Foram visitadas todas as 540 propriedades cadastradas dentro do perímetro do foco. Depois da primeira rodada, as revisitas focaram nas propriedades com a presença de aves. No total, foram oito ciclos de visitas no raio de três quilômetros, a cada três dias, e cinco visitas nas propriedades do raio de dez quilômetros, a cada sete dias.
“Os fiscais agropecuários realizaram cerca de duas mil visitas nas propriedades rurais do raio do foco de gripe aviária”, ressaltou o governo do Rio Grande do Sul.
O Rio Grande do Sul abriga um dos maiores plantéis avícolas do país. Com o fim das restrições e a ausência de novos focos de gripe aviária, o Brasil, por meio do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), poderá se autodeclarar à OMSA como país livre de influenza aviária de alta patogenicidade, etapa essencial para manter a confiança internacional e fortalecer as exportações brasileiras de produtos avícolas.
“Embora a quarentena esteja encerrada, a vigilância sanitária permanece ativa. As autoridades reforçam que os produtores devem continuar atentos a sinais clínicos em aves, como morte súbita, falta de coordenação, diarreia e queda na produção de ovos, e comunicar imediatamente qualquer suspeita aos órgãos oficiais”, finalizou o governo do Estado.