, ,

Filhote de puma é o mais novo morador do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul 

O puma foi regatado com apenas 700 gramas.

Avatar de Vitor de Arruda Pereira

|

31/07/25

às

13:31

puma

Foto: Luis André/Secom

O Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, administrado pela Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura), foi reaberto nesta quinta-feira (31), com o anúncio de um novo morador. Um filhote de Puma concolor, resgatado em Jaquirana, na Serra Gaúcha.

O animal foi transferido para o parque na quarta-feira (30) e passará por um período de adaptação até ser direcionado para o seu novo recinto, no domingo (3), quando os visitantes do zoológico poderão apreciá-lo.

O parque é o destino final do puma, depois de uma longa jornada de tratamentos de saúde com uma equipe multidisciplinar de profissionais da Sema e de voluntários.

Trajetória

A trajetória de superação do puma iniciou em fevereiro de 2025, em Jaquirana. O animal, na época com apenas 700 gramas e idade estimada de dez dias, foi o único sobrevivente de uma ninhada de três filhotes.

Ele foi encontrado e acolhido por um morador, que informou a equipe da Unidade de Conservação Parque Estadual do Tainhas. A suspeita é de que a mãe dos filhotes tenha sido vítima de caça.

“Quando me deparei com a situação, foi emocionante. O animal estava debilitado e meu pensamento desde o primeiro momento foi agilizar para que ele recebesse atendimento. Os felinos estão cada vez mais raros na nossa região e ver agora que essa história, por mais que seja triste, ter um final feliz com o puma sobrevivente e saudável, é motivo de orgulho”, afirmou Guilherme Oliveira, servidor da Sema que prestou os primeiros atendimentos.

Em junho, já com 10 kg, o puma foi transferido temporariamente para o Zoológico de Canoas, onde passou a contar com mais espaço e estímulos naturais.

Agora, já com 13 kg, o felino foi transferido de forma definitiva para o Parque Zoológico de Sapucaia do Sul.

Espécie rara

O Puma concolor, também conhecido como onça-parda ou suçuarana, é o segundo maior felino das Américas e desperta fascínio e preocupação entre especialistas da fauna.

Com pelagem de coloração parda, que pode variar do acinzentado ao avermelhado, habita uma diversidade de ecossistemas, de florestas densas a campos e serras.

No Rio Grande do Sul, é uma espécie rara e enfrenta sérias ameaças, figurando como em perigo de extinção na lista estadual. Embora possa ser encontrado tanto no bioma da Mata Atlântica quanto no Pampa, suas populações estão cada vez mais fragmentadas, pressionadas pelo avanço da ocupação humana, perda de habitat, atropelamentos e conflitos com atividades rurais.

Tópicos