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CPI cobra investimentos da RGE em áreas do interior do Rio Grande do Sul

Atualmente, a empresa RGE atende 3,1 milhões de clientes em 381 municípios do Rio Grande do Sul.

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13/11/25

às

23:52

Atualizado em: 13/11/2025 às 23:57

cpi rge

Foto: Fenando Gomes/ALRS

Acidentes de trabalho, mortes e cobranças abusivas foram os temas que marcaram a reunião da CPI da CEEE Equatorial e RGE, nesta quinta-feira (13), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Presidida pelo deputado Miguel Rossetto, a comissão recebeu o diretor-executivo da RGE (Rio Grande Energia), Ricardo Dalan de Vargas. O dirigente afirmou que a companhia, desde 2019, registrou 592 acidentes de trabalho: mais da metade (303) envolvendo funcionários terceirizados.

Questionado por Rossetto sobre as dificuldades para ampliar o atendimento da empresa no interior do Rio Grande do Sul, Vargas reconheceu que apenas um terço da área rural atendida pela companhia está conectada à rede trifásica, o equivalente a 140 mil unidades.

Atualmente, a empresa atende 3,1 milhões de clientes em 381 municípios do Rio Grande do Sul, dos quais 420 mil estão no meio rural. “Temos um terço apenas conectado a essa rede”, afirmou Vargas.

Na reunião, o dirigente da RGE garantiu, no entanto, que a empresa quer aumentar os investimentos na rede trifásica e explicou que, em dez anos, a companhia triplicou os investimentos da companhia. “Segundo ele, em média a empresa investe R$ 1,5 bilhão por ano. Os investimentos previstos até 2029 devem chegar a R$ 9,3 bilhões”, disse a assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa.

Segundo a assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa, Rossetto também cobrou respostas da empresa sobre as cobranças abusivas na região da Serra.

“Especialmente em Caxias do Sul, onde há mais de mil denúncias e 319 processos no Procon. Após as denúncias, Vargas afirmou que a empresa apurou 546 reclamações por variação de consumo na região da Serra, onde a RGE atende 238 mil clientes. Ele justificou que o aumento do consumo, em junho, causou a disparada das tarifas”, disse a assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa.

“(A região) Passou por mais de seis semanas de frio intenso. Natural as pessoas procurarem formas de se aquecer. Houve um degrau de consumo em função do comportamento das pessoas”, garantiu Vargas, ressaltando que 75% dos clientes que reclamaram das cobranças já pagaram as contas.

“Estão faltando 130 clientes que ainda estão com faturas em aberto”, afirmou o diretor-executivo da RGE durante a reunião da CPI da CEEE Equatorial e RGE.

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