O Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos) avançou nas obras do trecho 2 do Dique do Sarandi, na zona Norte de Porto Alegre.
A primeira etapa consistiu na remoção dos resíduos acumulados no período em que a área foi ocupada de forma irregular. Com a limpeza, foi possível iniciar a reconstrução da estrutura de baixo para cima, da base até o topo.
“Boa parte dos materiais usados originalmente na construção do dique foi retirada no período de construção das moradias. Com isso, a estrutura, que agora está sendo refeita, ficou muito comprometida. Nosso objetivo, com essa intervenção, é oferecer mais segurança à população da zona Norte”, explica o diretor-presidente em exercício do Dmae, Vicente Perrone.
Construído entre as décadas de 1960 e 1970, o Dique do Sarandi integra o sistema de proteção contra cheias de Porto Alegre. Após a enchente de 2024, um estudo do Dmae identificou a necessidade de reforço, já que em alguns pontos a estrutura apresentava cota inferior a 4 metros.
Projeto
A obra prevê a implantação de duas bermas de equilíbrio, com dois metros de altura em relação ao meio-fio, localizadas tanto no lado seco, quanto no lado voltado para o rio.
“O reforço é necessário em função das características geológicas da região, situada na várzea do Gravataí”, ressaltou a Prefeitura de Porto Alegre.
O talude central terá cota de 5,8 metros, equivalente ao nível da cheia histórica de maio de 2024. Além do alteamento, o projeto inclui o reforço horizontal do dique, recuperando suas dimensões originais.
O cronograma, iniciado em julho, prevê três meses de serviços e seis meses de monitoramento contínuo, condicionados às condições climáticas.
