Brasil e Uruguai iniciaram a elaboração de um diagnóstico conjunto para orientar o uso sustentável da água na Bacia da Lagoa Mirim, região compartilhada pelos dois países.
No Brasil, a Lagoa Mirim banha cidades da Região Sul do Rio Grande do Sul. O estudo, e uma parceria entre o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e o governo do Uruguai, vai mapear problemas ambientais, sociais e de gestão para apoiar ações coordenadas de preservação e desenvolvimento.
Chamado de Análise Diagnóstica Transfronteiriça, o levantamento reúne informações ambientais, socioeconômicas e de governança, identificando os principais problemas transfronteiriços e suas causas, com o objetivo de orientar ações prioritárias de gestão compartilhada entre os dois países.
“Trata-se de histórico objetivo: dois países irmanados na gestão compartilhada de água transfronteiriça. A começar, com diagnóstico participativo do que fazer, com ouvida de atores dos territórios”, comentou o Diretor do Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas e Planejamento em Segurança Hídrica da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, Nelton Friedrich.
“Escuta de lideranças urbanas e rurais, comunidades, produtores rurais, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas, academia. Integrar iniciativas, governança e abordagem sistêmica”, completou.
O levantamento foi iniciado em junho deste ano e integra o projeto “Gestão binacional e integrada dos recursos hídricos na Bacia da Lagoa Mirim e lagoas costeiras”, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente e implementado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).
Parceria entre instituições
Para desenvolver o diagnóstico, a FAO firmou acordos com instituições acadêmicas brasileiras e uruguaias. No Brasil, o trabalho é conduzido pela Fundação Delfim Mendes Silveira, vinculada à UFPel (Universidade Federal de Pelotas). No Uruguai, a responsável é o CURE (Centro Universitario Regional del Este), da Universidade da República (Udelar).
As equipes multidisciplinares atuam de forma integrada na identificação e priorização dos problemas ambientais, sociais e de governança, além dos diferentes usos da água na bacia.





