No Dia Internacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro, o alerta vai além da importância do envelhecimento ativo: a saúde da pele também precisa de atenção redobrada.
Com o passar dos anos, pequenas lesões podem evoluir para feridas crônicas e até infecções graves. “As marcas do tempo não estão apenas nos cabelos brancos ou nas rugas. Elas também se refletem na pele, que se torna mais frágil e menos capaz de se regenerar”, explica a enfermeira especialista em cuidados cutâneos Andrezza Barreto.
Segundo Andrezza, o envelhecimento natural provoca perda de elasticidade, redução do colágeno e diminuição do fluxo sanguíneo, além de menor capacidade de cicatrização. Esses fatores, somados à presença de doenças crônicas como diabetes, hipertensão ou insuficiência venosa, aumentam significativamente os riscos.
“Uma simples fricção, uma queda ou até mesmo o uso contínuo de fraldas pode desencadear feridas difíceis cicatrização. O cuidado inadequado abre caminho para complicações sérias”, completa Andrezza.
Lesões vão muito além da pele. Em muitos casos, afetam também o psicológico dos idosos, que podem se tornar mais reclusos e reduzir o contato social, inclusive com a própria família. Além disso, o cuidado com a ferida gera repercussões diretas no dia a dia, como aumento da sobrecarga para os familiares, diminuição da autonomia e impacto nas atividades de vida diária.
A prevenção, de acordo com a enfermeira, começa na rotina: observar a pele diariamente, especialmente em áreas de maior pressão como calcanhares, glúteos e costas; manter a hidratação; utilizar barreiras protetoras; e escolher produtos adequados para a pele madura.
“A escolha de produtos adequados evita o agravamento das lesões e promove mais qualidade de vida para o idoso e tranquilidade para quem cuida dele”, finaliza Andrezza.