Estresse em alta: ignorar sintomas pode custar caro para a saúde

Segundo psiquiatra, ignorar o estresse crônico pode desencadear sérias complicações.

Avatar de Vitor de Arruda Pereira

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22/09/25

às

22:42

estresse

Foto: Divulgação

O estresse afeta milhões de brasileiros e muitas vezes é tratado como algo normal da rotina.

Dados da pesquisa global Ipsos 2024 revelam que 42% da população do país sofre de estresse em níveis que comprometem o dia a dia, colocando o Brasil como o 4º mais afetado do mundo. Outro levantamento da ISMA-BR mostra que cerca de 70% dos trabalhadores convivem com o estresse em graus variados, reforçando a dimensão do desafio.

Segundo a psiquiatra Aline Sabino, ignorar o estresse crônico pode desencadear sérias complicações. “Ele não apenas exaure mentalmente, mas aumenta o risco de depressão, ansiedade, insônia, doenças cardiovasculares, distúrbios digestivos e enfraquecimento do sistema imunológico. O corpo dá sinais, mas muitas vezes as pessoas acreditam que é apenas parte da rotina e demoram a procurar ajuda profissional”, alerta.

A sobrecarga de trabalho, a instabilidade econômica, a pressão social e a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional estão entre os principais gatilhos relatados pelos pacientes. Conforme Aline, a adoção de práticas de autocuidado e organização diária é essencial para prevenir que o estresse se torne um quadro crônico.

Segundo a especialista, pequenas mudanças já podem trazer resultados significativos. Veja as principais dicas:

  • Manter rotina de sono adequada, evitando telas antes de dormir e priorizando ambientes de descanso.
  • Praticar atividade física com regularidade, como caminhada, corrida, esportes ou dança.
  • Adotar alimentação equilibrada, com menos cafeína, açúcar e ultraprocessados, e mais frutas, verduras e fibras.
  • Incluir técnicas de relaxamento no dia a dia, como meditação, respiração profunda, mindfulness ou yoga.
  • Organizar o tempo e definir prioridades, fazendo pausas e evitando acúmulo de tarefas.
  • Manter vínculos sociais saudáveis, conversando com amigos e familiares e compartilhando emoções.
  • Estabelecer limites, aprendendo a dizer “não” e separando momentos de lazer dos compromissos profissionais.
  • Procurar ajuda profissional quando os sintomas persistirem ou comprometerem a qualidade de vida.

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