O consumo de bebidas alcoólicas faz parte da rotina de muitos brasileiros, seja em encontros sociais, comemorações ou momentos de relaxamento.
Mas até que ponto beber pode ser considerado saudável? O excesso está diretamente ligado a doenças hepáticas, problemas gástricos, cardiovasculares e até mesmo ao aumento do risco de câncer. No entanto, quando consumido de forma moderada e ocasional, especialmente em adultos saudáveis, o álcool pode ser conciliado com um estilo de vida equilibrado.
Segundo Thiago Piccirillo, clínico geral, a palavra-chave é moderação. “Não existe um limite totalmente seguro para o consumo de álcool, mas há diretrizes que orientam sobre níveis considerados de baixo risco. O ideal é que o consumo seja esporádico e nunca diário, respeitando as condições de saúde de cada indivíduo”, explica o especialista.
Além de reduzir os riscos de doenças, o consumo consciente também contribui para evitar problemas imediatos, como desidratação, gastrite, alterações no sono e até episódios de compulsão alimentar.
“Muitas pessoas associam o vinho tinto a benefícios para o coração devido ao resveratrol, mas é importante lembrar que esses efeitos só aparecem em doses muito pequenas. Não se deve enxergar o álcool como um remédio ou incentivo à ingestão”, reforça o médico.
Equilíbrio
Manter um estilo de vida saudável é fundamental para equilibrar os impactos da bebida. Alimentação rica em frutas, verduras e fibras, prática regular de exercícios e hidratação adequada ajudam a minimizar os efeitos nocivos.
“Cada organismo reage de uma forma, e em alguns casos o álcool deve ser evitado completamente, como para gestantes, menores de idade, pessoas em tratamento de doenças crônicas ou em uso de determinadas medicações”, completa Piccirillo.
A recomendação final é clara: se a escolha for beber, que seja com moderação, atenção ao contexto e respeito aos limites do corpo. “O bem-estar não precisa ser inimigo do consumo ocasional de álcool, desde que ele aconteça de forma consciente e responsável”, finaliza o médico.