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Hanseníase: Conheça verdades e mitos sobre a doença

O Ministério da Saúde lançou a campanha Hanseníase, Conhecer e Cuidar, de Janeiro a Janeiro.

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26/01/25

às

14:07

doenca hanseniase

Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Causada por uma bactéria que atinge a pele e os nervos periféricos, a hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade.

De acordo com o Ministério da Saúde, o contágio só acontece após longos períodos de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.

As lesões neurais conferem à doença alto poder de gerar deficiências físicas e figuram como principal responsável pelo estigma e pela discriminação.

O Brasil ocupa, atualmente, a segunda posição no ranking global de países que registram novos casos de hanseníase.

“Em razão de sua elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória”, destaca o Ministério da Saúde.

Com o objetivo de divulgar informações, o Ministério da Saúde lançou a campanha Hanseníase, Conhecer e Cuidar, de Janeiro a Janeiro, com ações de enfrentamento à doença ao longo de todo o ano.

Sinais e sintomas

  • Manchas brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e ao frio) e tátil, dolorosa ou não;
  • Comprometimento de nervos periféricos (geralmente, espessamento ou engrossamento), associado a alterações sensitivas, motoras ou autonômicas;
  • Áreas com diminuição de pelos e de suor;
  • Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente nas mãos e nos pés;
  • Diminuição ou ausência de sensibilidade e força muscular na face, nas mãos ou nos pés;
  • Caroços ou nódulos no corpo, em alguns casos, avermelhados e dolorosos.

Transmissão

A transmissão acontece quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer.

O bacilo é eliminado pelas vias aéreas superiores (espirro, tosse ou fala) e não por objetos utilizados pelo paciente. Também é necessário contato próximo e prolongado, sendo que doentes com poucos bacilos não são considerados importantes fontes de transmissão.

Diagnóstico

Os casos são diagnosticados por meio de exame físico geral dermatológico e neurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos e alterações sensitivas, motoras e autonômicas.

Casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea, e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva duvidosa, mas sem lesão cutânea evidente, devem ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade.

Mitos e verdades

Confira, a seguir, fatos e mitos sobre a hanseníase listados pelo Ministério da saúde:

  • É possível pegar hanseníase pelo abraço ou pelo compartilhamento de talhares e roupas: FALSO
  • A doença é transmitida por meio de contato próximo e prolongado: VERDADEIRO
  • A hanseníase é de transmissão hereditária: FALSO
  • A doença é transmitida de pessoa para pessoa: VERDADEIRO
  • A hanseníase pode ser curada por meio de tratamento caseiro: FALSO
  • O tratamento é distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS): VERDADEIRO
  • Pessoas com hanseníase devem ser afastadas do convívio familiar e social: FALSO
  • A hanseníase tem tratamento e cura: VERDADEIRO
  • Só transmite a hanseníase quem não está em tratamento ou o faz de forma irregular: VERDADEIRO

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