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Justiça decreta prisão preventiva de grupo acusado de vender carne estragada

A carne foi adquirida de um frigorífico do Rio Grande do Sul atingido pelas enchentes.

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25/01/25

às

17:49

Atualizado em: 25/01/2025 às 17:51

carne

Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro

A Justiça decretou prisão preventiva do grupo, formado por quatro homens, detido em flagrante por revender 800 toneladas de carnes impróprias para o consumo humano.

As carnes foram adquiridas de um frigorífico do Rio Grande do Sul atingido pelas enchentes de maio de 2024. Eles passaram por audiência de custódia nesta sexta-feira (24).

Além dos donos da empresa, sediada em Três Rios, no Rio de Janeiro, o gerente do comércio e o diretor de logística também estão com prisão preventiva decretada.

A Polícia Civil afirmou que foram rastreadas, até o momento, apenas 17 toneladas da carne estragada vendida para um frigorífico na cidade de Contagem, em Minas Gerais.

De acordo com a investigação, que contou com apoio da Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, em maio e junho os sócios da empresa se aproveitaram da tragédia para adquirir 800 toneladas de carne bovina que tinham ficado submersas “muitos dias” em Porto Alegre.

Segundo a polícia, eles alegavam que a intenção era a fabricação de ração animal. No entanto, a investigação descobriu que o destino do produto impróprio era outro.

As carnes foram vendidas para outras empresas. A movimentação fez com que o grupo tivesse lucro “de mais de 1.000%”, afirmou a Polícia Civil do Rio, “colocando em risco consumidores de todo o Brasil”.

Os investigados vão responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.

Os quatro foram encaminhados para um presídio no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio, onde ficarão à disposição da Justiça.

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