A obesidade é um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo.
Segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, mais da metade da população adulta brasileira está com excesso de peso, e cerca de 24,3% são considerados obesos.
O tratamento desse quadro é complexo e exige uma combinação de fatores: mudanças de hábitos, apoio psicológico, acompanhamento médico e, principalmente, uma alimentação adequada com acompanhamento nutricional.
Nos últimos anos, as chamadas canetas emagrecedoras, como a semaglutida e a liraglutida, análogos do hormônio GLP-1, ganharam espaço nas prescrições médicas por atuarem diretamente no controle do apetite.
No entanto, seu uso requer atenção e cuidados especiais. De acordo com o nutricionista Pedro Perim, esse tipo de tratamento também traz riscos nutricionais importantes se os usuários não realizarem um acompanhamento adequado.
“A perda de peso rápida pode comprometer a massa muscular e aumentar a chance de deficiências nutricionais se a alimentação não for bem estruturada”, ressaltou.
Um estudo recente com pessoas que usam análogos do hormônio GLP-1 revelou que muitos participantes estavam consumindo menos nutrientes do que o recomendado. Entre eles, estão fibras, cálcio, ferro, magnésio, potássio, colina, vitaminas A, C, D e E, além de proteínas.
É nesse contexto que o leite volta aos holofotes como um potencial aliado nas estratégias de emagrecimento saudável. “É prático, versátil, nutritivo e pode ajudar tanto na saciedade quanto na preservação da massa magra, além de agregar valor nutricional à dieta por ser um alimento fonte de diversos nutrientes”, destaca Perim.
Segundo o nutricionista, trata-se de uma excelente opção para quem busca emagrecer com saúde, especialmente em fases de redução da ingestão alimentar. “As proteínas do leite ajudam a manter a saciedade por mais tempo e são fundamentais para preservar a massa muscular, algo essencial para evitar o efeito sanfona”, explica.
Veja abaixo os principais benefícios do leite no processo de emagrecimento, de acordo com o nutricionista:
- Mais saciedade: As proteínas e gorduras presentes no leite promovem maior sensação de saciedade, o que pode ajudar no controle do apetite (ideal para evitar beliscos fora de hora).
- Preserva a massa magra: o leite contém caseína e whey protein, proteínas de alta qualidade, o que ajuda a evitar a perda de massa muscular comum em dietas restritivas e no uso de medicamentos que diminuem o apetite.
- Fonte de nutrientes: além das proteínas, o leite é fonte de cálcio, vitaminas B2, B12, D e niacina, essenciais para o metabolismo e a saúde óssea.
- Praticidade: o leite UHT pode ser armazenado fora da geladeira antes de aberto, não precisa ser fervido e está pronto para o consumo a qualquer momento.
- Seguro e sustentável: o leite UHT não contém conservantes, não é reprocessado, e suas embalagens são recicláveis e protegem o alimento sem interferir em seu valor nutricional.
- Fonte de compostos bioativos: São substâncias presentes em alimentos que têm um efeito sobre a saúde do organismo, além de seu valor nutricional básico. O leite é fonte de compostos que têm potencial anti-inflamatório, antioxidante, anti-hipertensivo e benéfico para saúde intestinal.
“A perda de peso é mais eficaz e segura quando acompanhada de uma nutrição adequada. Não basta apenas comer menos, é preciso comer bem. E o leite pode, sim, fazer parte dessa estratégia”, finaliza Perim.