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Ministério da Saúde amplia acesso à mamografia a partir dos 40 anos

Segundo o Ministério da Saúde, o objetivo é fortalecer o diagnóstico precoce.

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23/09/25

às

18:22

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Exames de mamografia no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. Foto: Cristine Rochol/PMPA

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (23) uma mudança histórica na política nacional de rastreamento do câncer de mama: a partir de agora, mulheres de 40 a 49 anos poderão realizar mamografia no SUS (Sistema Único de Saúde) mesmo sem sinais ou sintomas da doença, mediante decisão conjunta com o profissional de saúde.

A medida revoga as barreiras que dificultavam o acesso desse grupo etário ao exame e aproxima o Brasil das recomendações das principais sociedades médicas do mundo.

A SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) considera esta medida uma vitória para a saúde da mulher brasileira. Desde 2008, a entidade recomenda que o rastreamento mamográfico seja iniciado aos 40 anos, em frequência anual, posição defendida com base em evidências científicas e na realidade epidemiológica do país.

“Há muitos anos a SBM luta para que as brasileiras tenham acesso ao rastreamento precoce a partir dos 40 anos. Cerca de 40% dos casos de câncer de mama são diagnosticados entre os 40 e 50 anos, o que mostra o quanto essa decisão pode salvar vidas. Esta é uma conquista de toda a sociedade e resultado de um trabalho persistente de sensibilização junto ao poder público”, afirma Tufi Hassan, presidente da SBM.

Entenda o que mudou

Até então, o protocolo nacional de rastreamento recomendava a mamografia apenas para mulheres de 50 a 69 anos, com repetição a cada dois anos, independentemente de histórico familiar ou sintomas. Com o novo direcionamento do Ministério da Saúde, passam a valer as seguintes diretrizes:

  • Mulheres de 40 a 49 anos: passam a ter direito ao exame, a partir de decisão conjunta com profissional de saúde, mesmo sem sinais ou sintomas.
  • Faixa de 50 a 74 anos: segue com rastreamento regular a cada dois anos, mas agora com a faixa etária estendida até os 74 anos.
  • Acima de 74 anos: a indicação será personalizada, considerando histórico clínico e expectativa de vida.

Segundo o Ministério, a ampliação de acesso para a faixa de 40 a 49 anos e a extensão até os 74 representam um convite para que mais mulheres realizem o exame regularmente, fortalecendo o diagnóstico precoce.

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