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RS é o sétimo principal exportador derivados de petróleo do Brasil

Por não ser produtor de petróleo, o Rio Grande do Sul necessita de uma logística de armazenamento e transporte de petróleo cru.

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29/10/24

às

12:05

refinaria petroleo

Foto: Divulgação

O setor de refino no Rio Grande do Sul tem papel estratégico na economia gaúcha e nacional. Além de produzir derivados de petróleo para a região e gerar emprego e renda, o setor também exporta o excedente para outros países.

Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o sétimo principal Estado exportador do Brasil, com participação de 2,8% do total destinado ao mercado internacional da atividade.

Os dados estão compilados no estudo DEE Setorial nº 1: Refino de Petróleo, que explora os principais aspectos do setor de refino brasileiro, com enfoque no Estado gaúcho. O documento, produzido pelo DEE (Departamento de Economia e Estatística), da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. De autoria dos pesquisadores Ricardo Fagundes Leães e Carolina Sarmento, o material foi divulgado nesta terça-feira (29).

Conforme no estudo, o Rio Grande do Sul conta com duas refinarias. A RPR (Refinaria de Petróleo Riograndense), inaugurada em 1937 no município de Rio Grande, no Litoral Sul, é pioneira no refino de petróleo no país.

Enquanto a RPR é considerada de pequeno porte, a Refap (Refinaria Alberto Pasqualini), implantada em 1968, representa atualmente 9,1% da capacidade brasileira, sendo a quinta maior do Brasil. A empresa está localizada em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Derivados

Por não ser produtor de petróleo, o Rio Grande do Sul necessita de uma logística de armazenamento e transporte de petróleo cru para o funcionamento de suas refinarias. O processo exige uma operação complexa, que envolve a rede integrada de terminais marítimos, oleodutos e gasodutos que asseguram o transporte de petróleo bruto, gás natural e seus derivados.

Entre os produtos derivados do refino de petróleo, o Rio Grande do Sul destaca-se na produção brasileira de óleo diesel, para a qual contribui com 9,5%, como mostram dados de 2023. A segunda maior participação é na produção de gasolina A, com 9,2% do total nacional, seguida por nafta (9,2%), Gás Liquefeito de Petróleo (8,5%), asfalto (7,7%) e solvente (7,1%).

Os dados demonstram a diversificação da produção gaúcha dentro do setor e sua relevância para o país, uma vez que o Estado colabora com 8,1% da produção total de derivados do refino de petróleo no Brasil.

Emprego

Por sediarem as duas refinarias do Rio Grande do Sul, o emprego na fabricação de produtos do refino de petróleo no Estado está concentrado em Canoas e Rio Grande.

Em 2021, os dois municípios somaram 945 das 971 vagas de emprego na atividade, número que representa 97,3% dos empregos no setor de refino do Estado e 4,5% no país. O Brasil possui 17 refinarias em operação em território nacional, que totalizam 20.883 vínculos ativos.

“Assim como observado no cenário nacional, o setor de refino de petróleo no Rio Grande do Sul também registrou diminuição no número de empregos formais entre 2013 e 2021. O total de vínculos apresentou variação negativa de -38,2%, percentual que reflete a queda do total de empregos em Canoas, uma vez que, em Rio Grande, houve aumento discreto no número de pessoas empregadas”, ressaltou o Estudo.

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