A Seapi (Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação) comunicou que a espécie de abelha invasora começou a ser monitorada na fronteira do Rio Grande do Sul.
No comunicado, que foi realizado nesta terça-feira (27), a Seapi afirma que um estudo do DDPA (Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Aagropecuária) quer verificar se a abelha mamangava europeia invasora (Bombus terrestris), já está em território gaúcho, em áreas de fronteira entre o Rio Grande do Sul e Uruguai.
A abelha mamangava europeia invasora, introduzida no Chile para polinização de culturas, invadiu a Argentina e poderá se expandir alcançando outros países sul-americanos, segundo estudo da Universidade de São Paulo.
“Estas espécies exóticas invasoras estão entre as principais causas diretas de perda de biodiversidade e extinção de espécies, juntamente com as mudanças climáticas e perda de habitats”, ressaltou a Seapi.
O estudo do DDPA vai avaliar três áreas, indicadas como portas de invasão, em diferentes municípios gaúchos: Aceguá, Pedras Altas e Santa Vitória do Palmar.
“As abelhas são indispensáveis à natureza devido aos serviços de polinização, entretanto, apesar dessa espécie de mamangava ser considerada boa polinizadora, como invasora, pode se tornar altamente competitiva com as espécies nativas. Nos países onde foi introduzida, essa mamangava vem causando impactos negativos na produção de mel, na polinização de certas culturas, transmissão de doenças e patógenos a outras espécies de abelhas”, explicou a Seapi.
Se encontrada em território brasileiro essa abelha não deve ser morta, mas sua presença deve ser comunicada ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapi pelo e-mail: museu.ento.rgc@gmail.com.
“É recomendado também fazer uma foto com a coordenada geográfica para o mesmo endereço de e-mail”, ressaltou a Seapi.