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Operação padrão de auditores fiscais gera atrasos em voos no Aeroporto Salgado Filho  

A ação no aeroporto de Porto Alegre fez parte de uma mobilização nacional.

Avatar de Vitor de Arruda Pereira

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09/05/25

às

13:51

aeroporto

Foto: Juan Link/Divulgação

Os Auditores Fiscais da Receita Federal realizaram, na noite de quinta-feira (8), nova operação padrão que gerou atrasos de duas horas no portão de desembarque de voos internacionais do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

A ação fez parte de uma mobilização nacional organizada pelo Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), que acometeu aeroportos de outras seis cidades do Brasil: Campinas e Guarulhos (SP), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).

Com a mobilização, os auditores intensificaram as fiscalizações no terminal, passando a inspecionar as bagagens de 100% dos passageiros – medida que, normalmente, atinge cerca de 30% dos viajantes.

O ato faz parte da mobilização da categoria que já dura quase seis meses. De acordo com o Auditor Fiscal Diogo Loureiro, Diretor do Sindifisco Nacional, a operação padrão é sempre a última opção da categoria.

“Sabemos o quanto isso impacta passageiros, empresas aéreas e demais atores envolvidos no contexto. Porém, lutamos há meses sem ter o mínimo de atenção do governo federal. Então, a nossa alternativa foi essa medida que consideramos extrema”, ressalta.

Reivindicação

A classe reivindica recomposição salarial diante das perdas inflacionárias acumuladas há quase 10 anos, desde 2016, que somam 28%.

Em 2023, o reajuste concedido foi de 9%, dentro do pacote de aumentos salariais do funcionalismo público. Os auditores também pedem a revogação de dois atos assinados pelo governo no último dia 30 de abril, que, segundo o Sindifisco, violam acordo firmado com a classe neste ano e resultam na redução do bônus de produtividade.

Mesmo considerando a medida extrema, o Diretor do Sindifisco Nacional não descarta novas ações por parte da categoria, caso as demandas continuem sem resposta por parte do governo federal.

“Sabemos das dificuldades enfrentadas pelo governo federal e temos o compromisso com a segurança e desenvolvimento do país, mas a falta de diálogo, que já perdura há cerca de meio ano, nos coloca em uma situação onde precisamos agir e assim o faremos, caso não sejamos ouvidos “, complementa Loureiro.

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