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Cidades do RS recebem implementação de tecnologias contra dengue 

O Ministério da Saúde apresentou o plano de ação para redução da dengue no Rio Grande do Sul.

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27/11/24

às

15:20

dengue no rs

Foto: Ualisson Noronha/SESDF

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (27), a implementação de tecnologias variadas contra a dengue no Rio Grande do Sul.

A expectativa é intensificar o controle vetorial do Aedes aegypti e preparar a rede de assistência médica para receber e tratar oportunamente os casos suspeitos, evitando evolução para casos graves e óbitos.

Durante evento realizado na PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, apresentou o plano de ação para redução da dengue no Estado.

De acordo com Cunha, o controle da dengue exige um esforço coletivo. “Por isso, o Plano de Ação foi construído de forma coletiva e todas as metas estão sendo pactuadas pelo Governo Federal junto aos estados e municípios, sociedade civil, trabalhadores da saúde, com articulação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems)”, ressaltou o secretário.

Método Wolbachia

Com a ampliação da produção de mosquitos com wolbachia, o Ministério da Saúde articula a implantação inicial da tecnologia nos municípios de Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, Pelotas e São Leopoldo.

“Cerca de 60% dos insetos presente na natureza possuem a bactéria wolbachia e não transmitem as arboviroses. Dessa forma, estamos investindo no aumento da produção de Aedes com wolbachia, para que, ao soltá-los no ambiente, eles se reproduzam com os mosquitos locais e produzam uma nova população de mosquitos não transmissores de arboviroses”, explicou Cunha.

Armadilhas

As ovitrampas, também chamadas de armadilhas de oviposição, são pequenos recipientes de plástico, que servem para que as fêmeas do Aedes coloquem seus ovos. Poucos dias após a instalação, é feita a substituição da palheta e os ovos são retirados do ambiente pelo agente de endemias, antes que nasçam as larvas do mosquito.

A armadilha serve para indicar a presença de Aedes aegypti e Aedes albopictus no local, a quantidade de ovos produzida por área e, ainda, ajuda a remover os ovos do vetor da natureza.

O Ministério da Saúde disse que já enviou para o Rio Grande do Sul, em 2024, cerca de 48 mil testes laboratoriais para detectar dengue, Zika e chikungunya, 468 quilos de larvicida para aplicação nas residências, 1.600 quilos de adulticida para pontos estratégicos e 5.460 litros de adulticida para fumacê.

“Além disso, 67 municípios estado estão sendo contemplados com vacinas da dengue, para o público-alvo de 10 a 14 anos. Até o momento, foram distribuídas 73 mil doses e aplicadas 33 mil doses”, afirmou

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